Promover a união dos pastores e líderes evangélicos indígenas; assessoriar as igrejas evangélicas indígenas e resguardar e defende os direitos desses povos; orientar sobre atividades missionárias e conscientizar as igrejas evangélicas sobre seu papel na evangelização dos povos indígenas estão entre os objetivos do Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas (Conplei). A primeira reunião do conselho aconteceu em 1992 e hoje a entidade conta com representantes em seis estados, incluindo o Mato Grosso do Sul. Em abril, acontece o congresso regional em Santarém no Pará. Seguindo os mesmos objetivos, o Estado tem um Conplei Jovem com forte atuação em eventos e ações em aldeias de Mato Grosso do Sul. O presidente, o Pastor Ricardo Poquiviqui, pertence á igreja Uniedas e está a frente do grupo.
Em novembro de 2014, o Conplei Jovem realizou o 2º Congresso Nacional de Jovens Indígenas no município de Miranda. Para este ano, a expectativa é grande para a realização para a 3ª edição do evento. No ano passado, o Congresso contou com preletores como o músico Asaph Borba, equipe da Jocum de Curitiba (PR) e pastores e missionários de outros estados e de outros países como Estados Unidos, Equador e Paraguai. Ao total, 1.800 participantes de mais de 11 estados de 9 etnias estiveram presentes nos dias de fortalecimento da fé e do chamado para a evangelização nas aldeias. De acordo com o presidente da Conplei, Pr. Ricardo, mais de 121 etnias ainda não conhecem o Evangelho de Jesus Cristo no Brasil. Entre as atuações do Conplei Jovem está a de fortalecer as igrejas indígenas, unir as tribos e levantar jovens missionários. Para ele, existem ainda comunidades a serem alcanças no Brasil. “O sertanejos, os favelados, os ciganos, são campos para serem alcançados no Brasil e o Conplei trabalha pela causa indígena”, destaca.
Á luz do Evangelho, esses jovens são transformados para tornarem-se líderes nas aldeias, bons caciques e consequentemente bons profissionais como professores, enfermeiros etc.
Ricardo Poquiviqui comenta sobre as constantes notícias negativas veiculadas nos meios de comunicação, sobre a realidade nas aldeias indígenas do Estado. “Vai mostrar sempre o que é ruim, nunca o que ta sendo de bom, principalmente se for algo relacionado ao Evangelho. Se a gente quiser mudar a situação do povo indígena aqui no Estado, é a partir da Igreja, a partir do trabalho da igreja. Ação social sempre é feito, segurança, bolsas, sacolão é distribuído só que não muda. A droga chega primeiro, principalmente em Dourados, mas mais na região sul entre os Kaiwás e Guaranis. Só que a gente ta trabalhando para que eles tenham uma vida diferente também”, comenta.
Neste ano, o 3º congresso nacional de Jovens Indígenas está marcado para acontecer entre os dias 12 a 15 de novembro em Miranda. Ainda durante o feriado de Carnaval serão promovidos eventos em aldeias de Amambai e Miranda. Mais detalhes no facebook do Conplei- www.facebook.com/conpleijovem/