Nem todos declaram ?Je Suis Charlie?

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Após o atentado ao prédio da revista ‘Charlie Hebdo’, em Paris, na França, milhares de pessoas começaram a publicar mensagens de repúdio ao terrorismo. Nas redes sociais, muitas pessoas publicaram a frase “Je Suis Charlie” (Eu Sou Charlie), em alusão a uma campanha contra os atentados.

Porém, a campanha foi questionada por vários cristãos, como o humorista Jonathan Nemer, criador do canal ‘Desconfinados’. Para ele, não é possível um cristão se declarar como um “Charlie”, visto que os cartunistas da publicação francesa ridicularizavam a fé de diversas religiões, incluindo o cristianismo.

Ele frisa que a ‘Charlie Hebdo’ já “publicou na capa de sua revista uma caricatura do Espírito Santo, tendo relação sexual com Jesus e com Deus, num trenzinho, fazendo apologia ao Casamento Gay”.

“Talvez você postou que é Charlie na empolgação, no oba oba, mas tenho certeza que não foi ver que tipos de desenhos tal revista já publicou. Ela não fazia chacota apenas de Maomé, mas também de Jesus, de Deus, da Trindade.  Sou totalmente contra o terrorismo, mas de forma alguma posso dizer JE SUIS CHARLIE, porque sou contra o desrespeito, seja ao cristianismo, ao islã, ao catolicismo, ao espiritismo, etc. Porque nos revoltamos quando o Porta dos Fundos faz um vídeo fazendo chacota com Jesus e agora queremos dizer que somos Charlie? (…) Liberdade de Expressão é um Direito, mas ele deve ser exercido até onde começa o Direito de outra pessoa (…) definitivamente, EU NÃO SOU CHARLIE” sentenciou, Jonathan Nemer.

Já o Pastor Silas Malafaia voltou a debater o assunto em texto publicado na internet no dia 13.  Para o pastor, “o que os camaradas do jornal Charlie Hebdo já publicaram satirizando Cristo e a trindade é infinitamente superior sobre as de Maomé”. Porém, segundo Malafaia, “o estado democrático de direito permite esse deboche, mesmo eu repudiando isso. Eles tem direito. O preço da sociedade livre”, defende.

De acordo com Silas Malafaia a marca evangélica no mundo é que “somos a favor da liberdade religiosa para todos” e explicou que “servir a Deus é um ato voluntário, Deus não aceita adoração imposta pelos outros, impor servir a Deus é um ato produzido por alienados. (…) Os cristãos no mundo estão dando um show de liberdade mesmo quando atacam com baixaria o que temos de mais precioso: nossa crença em Deus”, disse. Com informações do Gospel Mais