
O cantor gospel Jessé Aguiar anunciou, no dia 28 de março deste ano, que decidiu abrir mão de cachês para ministrar em igrejas, argumentando que a prática configura a comercialização da fé. Em um vídeo publicado nas redes sociais, ele também afirmou que não participará mais de eventos com ingressos pagos, destacando que Jesus nunca restringiu o acesso de fiéis à sua pregação.
“Não faz sentido para mim cantar em uma igreja apenas se me pagarem um valor específico. Talvez haja alguém ali dentro precisando de uma cesta básica ou de um alimento. Ou a irmãzinha que entrega seu dízimo com tanta fé, e em uma noite eu vou lá e pego tudo aquilo para mim e ainda coloco Jesus no meio. Eu não quero ser esse tipo de lobo, quero estar alinhado com o Evangelho de Cristo”, declarou o cantor.
Desde que iniciou sua carreira itinerante em 2021, Jessé conta que sempre se sentiu incomodado com a cobrança de cachês, mas enfrentou dificuldades para alterar sua agenda devido a contratos e questões logísticas. Agora, ele afirma que se sente “maduro, pronto e livre em Jesus” para colocar seus ideais em prática. No entanto, ele ressalta que as despesas com passagem, hospedagem e alimentação continuarão a ser cobertas pelas igrejas que o convidarem.
O cantor explicou que seu sustento provém das monetizações de suas músicas em plataformas digitais e dos direitos autorais de suas composições. Ele destacou que estipular valores elevados para se apresentar em igrejas fere seus princípios, pois entende que o Evangelho não deve ser tratado como mercadoria.
Jessé também compartilhou sua opinião sobre eventos religiosos pagos: “Quando limitamos o acesso das pessoas ao Evangelho por conta do dinheiro, já perdemos a linha. Jesus reunia as pessoas no monte para orar e pregar, e se precisasse, multiplicava comida para alimentar todos. Ele não tirava de ninguém”, afirmou.