
O número de vítimas do massacre ocorrido na costa mediterrânea da Síria subiu para 1.311 mortos, entre eles 830 civis, segundo informações divulgadas neste domingo (10) pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). O episódio foi uma resposta violenta a ataques de grupos leais ao ex-presidente Bashar al-Assad contra forças de segurança do novo governo sírio.
Entre os mortos, 231 eram membros das forças de segurança e 250 militantes leais ao antigo regime. A ONG, que monitora o conflito sírio, denunciou execuções sumárias e crimes de guerra cometidos no contexto da repressão.
De acordo com o OSDH, a maioria das mortes ocorreu nas províncias de Latakia (519 vítimas) e Tartus (220 vítimas), durante uma operação de “liquidação” que atingiu civis, incluindo não alauítas. Os alauítas são uma minoria religiosa xiita que foi favorecida durante o regime de Assad e, agora, tem sido alvo de represálias.
A organização também cobrou que o governo sírio responsabilize os agentes de segurança envolvidos no massacre, alertando que a impunidade pode alimentar novas ondas de violência e prejudicar a estabilidade política do país.
Governo anuncia investigação
Diante das denúncias, o presidente interino da Síria, Ahmed al-Sharaa, anunciou a criação de um comitê independente para apurar as violações cometidas contra civis. A comissão terá 30 dias para entregar um relatório detalhando os responsáveis pelos ataques, que poderão ser levados à Justiça.
Até o momento, o governo sírio não reconheceu oficialmente os crimes nem divulgou um balanço oficial das vítimas.
*Com informações Pleno.News