A perseguição aos cristãos atingiu níveis alarmantes em todo o mundo, alertam especialistas que participaram da Cúpula Internacional sobre Liberdade Religiosa, realizada recentemente em Washington, Estados Unidos. O evento reuniu cerca de 2.000 pessoas para debater e promover maior liberdade religiosa em regiões onde fiéis enfrentam dificuldades e ameaças constantes.
Samuel Brownback, ex-embaixador dos EUA para a liberdade religiosa internacional e copresidente da cúpula, destacou em entrevista que a situação é “mais urgente agora” e que a liberdade religiosa deve ser defendida em todos os lugares e tempos. Ele apontou que regimes totalitários, como os da China e da Coreia do Norte, impõem severas restrições às minorias religiosas para manter controle absoluto sobre a população.
Outro foco de preocupação é a Nigéria, onde militantes islâmicos intensificaram ataques contra cristãos, promovendo sequestros e assassinatos em massa. Brownback alertou que esse tipo de violência está se espalhando por toda a África Ocidental, impulsionado por uma mentalidade radical que impõe a religião pela força ou pela morte.
De acordo com o relatório da Lista Mundial da Perseguição 2025 (LMP25), publicado pela organização Portas Abertas, mais de 380 milhões de cristãos são perseguidos atualmente. O estudo revela um aumento de 15 milhões de casos em comparação ao ano anterior, totalizando um crescimento impressionante de 140 milhões desde 2018. Atualmente, um a cada sete cristãos enfrenta perseguição religiosa em algum grau.
A tecnologia também se tornou uma ferramenta de opressão. Brownback destacou que governos extremistas utilizam sistemas avançados de vigilância e inteligência artificial para monitorar e censurar comunidades cristãs, tornando a luta pela liberdade religiosa ainda mais desafiadora. “Temos um curto espaço de tempo para agir antes que esses sistemas tornem quase impossível escapar do controle totalitário”, alertou.
Diante desse cenário, os especialistas reforçam a necessidade de mobilização internacional para garantir a liberdade religiosa e proteger milhões de cristãos ao redor do mundo.
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