Um grupo feminista, autointitulado "mulheres católicas", organizou um evento próximo ao Vaticano para promover uma bandeira ideológica em torno da oração ensinada por Jesus aos discípulos, propondo que a referência a Deus seja feita com termos femininos: "Em nome da mãe, da filha e do Espírito Santo".
Durante o evento, as participantes defenderam a ideia de que as mulheres devem exercer liderança na Igreja Católica, exigindo igualdade e visibilidade, incluindo a ordenação de sacerdotisas. Chiara Porro, embaixadora da Austrália junto ao Vaticano, destacou a importância da participação da Igreja Católica nessa questão, citando contribuições significativas na educação e na saúde.
Segundo Porro, nos últimos quatro anos, o Vaticano tem promovido mudanças para nomear mais mulheres em cargos de alto escalão, elevando o número de mulheres embaixadoras para 40. Ela afirmou que essas mulheres formam um grupo diversificado e que compartilham apoio mútuo.
A embaixadora alegou que o papa Francisco apoia essa tendência, o que foi reforçado durante uma discussão sobre liderança feminina realizada recentemente, na qual a missionária e teóloga Maeve Louise Heaney propôs uma mudança na representação do Espírito Santo como masculino, sugerindo uma oração que inclua referências femininas.
Uma pesquisa realizada em 2022 pelo fórum internacional Catholic Women Speak revelou que dois terços das mulheres na Igreja apoiam uma "reforma radical", com uma parcela significativa considerando deixar a Igreja caso as mulheres não tenham mais destaque.
Essas propostas foram discutidas em um evento que reuniu teólogas, especialistas e líderes, destacando a busca por maior participação feminina e mudanças na estrutura teológica e doutrinária da Igreja Católica.
Da redação