Estratégia ou Equívoco? Pastores criticam ‘Blocos Evangélicos” no Carnaval

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Foto: reprodução internet


Recentemente, a aproximação do carnaval trouxe à tona novamente o debate sobre os "blocos evangélicos", uma prática comum em muitas igrejas durante o período festivo. A ideia por trás desses blocos é levar a mensagem do Evangelho a um público que, de outra forma, não teria acesso a ela. No entanto, essa estratégia não é vista com bons olhos por todos.

O pastor Renato Vargens, da Igreja Cristã da Aliança, foi enfático em suas críticas, apontando que muitos "crentes" que não se engajam em evangelização durante o ano todo aparecem repentinamente como voluntários nos "blocos evangélicos" durante o carnaval, usando a religião como justificativa para seus próprios pecados.

Essa visão é compartilhada pelo reverendo Augustus Nicodemus Lopes, que recentemente deixou a Primeira Igreja Presbiteriana do Recife. Para ele, participar do carnaval com blocos "gospel" pode mais confundir do que evangelizar, já que a verdadeira mensagem de Cristo pode se perder em meio às festividades carnavalescas. Nicodemus Lopes argumenta que a evangelização demanda sobriedade e menos "carnavalização" da fé.

Essas críticas não são novas. Renato Vargens expressou sua preocupação com a estratégia dos "blocos evangélicos" há cinco anos, defendendo que a evangelização deve ser contínua e baseada em relacionamentos pessoais, não apenas em eventos esporádicos como o carnaval.

 

Por: Alzira Gavilan