Legitimidade ou Estratégia? Movimento pede investigação das Igrejas Evangélicas, após CPI com padre Júlio

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Foto: reprodução internet

Uma proposta do vereador Rubinho Nunes (União Brasil) para investigar ONGs suspeitas de envolvimento na chamada "máfia da miséria" na região da Cracolândia, em São Paulo, gerou debates nas redes sociais, levando a discussões sobre as igrejas evangélicas e sua isenção tributária.

A iniciativa do vereador obteve apoio na Assembleia Legislativa para a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que visa investigar organizações, incluindo a Craco Resiste e o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto (Bompar), onde o padre Júlio Lancelotti já foi conselheiro.

A suspeita é de que essas entidades estariam recebendo verbas públicas para práticas questionáveis relacionadas à redução de danos em relação ao uso de drogas na região, o que levou a uma reação nas redes sociais.

Internautas, aparentemente em resposta à proposta de CPI, passaram a sugerir investigações nas igrejas evangélicas, com críticas direcionadas a líderes como Silas Malafaia, da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo.

O professor e político Thiago Bagatin, em críticas à isenção tributária das igrejas, mencionou que algumas movimentam grandes quantias, enquanto líderes desfrutam de benefícios pessoais. No entanto, essa isenção é legal e visa incentivar o trabalho social desenvolvido por instituições religiosas.

O deputado Eli Borges (PL-TO), líder da Frente Parlamentar Evangélica, repudiou a reação contra os evangélicos, classificando-a como "igrejofobia". Ele destacou o trabalho social significativo realizado pelas igrejas a custo zero para o erário público e enfatizou que não se pode generalizar com base em fatos isolados.

O debate nas redes sociais evidencia a complexidade da discussão, envolvendo questões sociais, políticas e religiosas, enquanto a proposta de CPI em São Paulo segue seu curso na investigação das ONGs mencionadas.

 

Por: Alzira Gavilan