Henrique Pizzolato, ex- diretor de marketing do Banco do Brasil foi condenado a 12 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento no esquema do Mensalão. Cumpriu parte da pena na Penitenciária de Sant’Anna, em Modena na Itália. Ele fugiu para aquele país por ter nacionalidade italiana. Desde então, a justiça brasileira tem pedido a extradição de Pizzolato, negada por enquanto.
De acordo com o portal JM Notícias, Henrique Pizzolato e a esposa Andrea Haas, teriam tornado a conversão e a nova fé de forma pública no dia 16 de novembro, através do testemunho na Igreja em que frequentam, a Pentecostal Cristã Carismática Fonte di Vita, denominação protestante localizada na região central da cidade de Modena, que possui 180 mil habitantes. O casal subiu ao altar e por volta de meia hora, ele teria dado declarações sobre sua conversão. “Uma noite, após ter participado da quinta-feira de oração e louvor, senti dentro de mim o desejo de pertencer a Jesus”, disse ele, emocionado e quase indo às lágrimas. “O aceitei como meu Senhor e Salvador e imediatamente me senti leve, cheio de paz e alegria. Eu estava atrás das grades, mas livre.”, disse ele, arrancando lágrimas da mulher.
Hoje, eles frequentam a igreja quase todos os dias. Após a negativa do pedido de extradição, Pizzolato pode sair da cadeia. Entre os que acompanharam a conversão de Pizzolato, está o pastor Romulus Giovanardi, um dos líderes da Fonte di Vita. O Pastor liderava os grupos de orações e de estudos bíblicos na Penitenciária. “Quando chegou à prisão Pizzolato era um homem esfacelado, mal caminhava, não falava, tremia, era confuso, ansioso e tinha medo de tudo”, conta o pastor que se transformou em um amigo e espécie de porto seguro para o condenado pelo Supremo Tribunal Federal. “Depois que encontrou Jesus, Pizzolato é um outro homem, saiu da prisão de cabeça erguida”.
O futuro de Pizzolato está nas mãos da justiça. O Ministério Público italiano entrou novamente com recurso na corte suprema do país para pedir a extradição do ex banqueiros para o Brasil. Caso retorne, deverá cumprir pena em regime fechado, mas isso não parece preocupar Pizzolato. “ Hoje meu maior desejo é fazer a vontade de Deus e ajudar os outros. Se antes conhecia um Deus distante, que às vezes o percebida como um juiz, agora sei que o Senhor Jesus me ama”, afirmou.