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Ansiedade, Depressão, Síndrome de Burnout, Transtorno Afetivo Bipolar, entre outras alterações de humor e comportamento também podem afetar crianças e adolescentes. Consideradas o mal do século, elas estão presentes em todas faixas de idade.
Ao todo, 70% dos alunos do Estado de São Paulo sofrem algum tipo de sintoma relacionado a ansiedade e depressão, a pesquisa foi realizada e publicada pelo Instituto Ayrton Senna e a Secretaria da Educação de São Paulo.
Segundo uma análise feita pela Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS), o percentual de crianças e adolescentes que possuem ansiedade e depressão desde o início da pandemia subiu de 11,6% em 2018 para 25,2% em 2021.
Para a psicólogoa Aline Provensi essas condições sempre existiram na sociedade, mas o avanço das pesquisas e estudos aumentam as chances de detectar problemas relacionados a saíude mental com mais facilidade.
“Ambas as condições, caso não sejam tratadas, podem trazer sérios prejuízos de saúde, sociais, familiares e escolares, entre eles o desenvolvimento de quadros psicossomáticos (gastrite, esofagite, dermatite), repetições de ano e risco elevado para suicídio”, comenta a psicóloga.
Ela aconselha aos pais e responsáveis estarem atentos a possíveis alterações de humor e comportamentos, sendo aconselhável levar a criança ou adolescente para profissionais da área, como psicólogos e psiquisatras para iniciar o tratamento terapêutico.
Tratamentos alternativos
Com o avanço de estudos na área da psicologia, outros tratamentos estão ganhando espaço na sociedade entre crianças e adolescentes. Este é o caso da Equoterapia.
Uma das opções indicadas por profissionais para a manutenção e melhora dos sintomas da criança ou adolescente. Além do contato com a natureza, a equoterapia ele atua com aptidões segundo a psicóloga.
“A equoterapia trabalha habilidades que são essenciais para a regulação emocional e psicológica, como o automonitoramento de pensamentos e sensações, planejamento e percepção corporal, controle da respiração e atenção ao momento presente, superação de desafios e construção de laços afetivos”, explica Aline.
“É imprescindível que pais e professores estejam atentos aos sinais e saibam como intervir o mais rápido o possível. É comum, nesses casos, serem apresentadas frequentes e excessivas preocupações com o futuro, insegurança frente a demandas, retraimento social, dificuldade na manutenção do sono e irritabilidade”, conta a profissional.
Para Rosana Collect, fundadora e diretora da ONG EquoSorriso – Equoterapia e Equitação Lúdica, localizada em São José dos Pinhais (PR), “o contato direto da criança com o cavalo, desperta uma conexão de sentimentos, onde os estímulos provenientes do animal aguçam a sensibilidade das emoções. Com o acompanhamento de um psicólogo, os assuntos afloram assim, a sessão passa a ser também uma sessão de psicanálise”, finaliza Rosana.