Qual o formato de Bíblia mais lida: a impressa ou em aplicativo?

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As Bíblias impressas continuam sendo a escolha mais popular entre os leitores, essa constatação é da Sociedade Bíblica Americana em sua última pesquisa intitulada de “Estado da Bíblia 2022”. Segundo os pesquisadores, quase 7 em cada 10 leitores dizem que leram a Bíblia por conta própria, no mês passado, a partir de uma versão impressa, embora haja várias opções tecnológicas disputando o segundo lugar.

Os dados do estudo revelam que 69% dos usuários da Bíblia a leram no formato impresso no mês passado, enquanto 48% usaram um aplicativo no celular, tablet ou computador. A conclusão dos pesquisadores foi: “Você pode pensar que ninguém mais está lendo Bíblias impressas, mas na verdade, é o formato da Bíblia utilizado com mais frequência”.

O pastor na Nova Igreja, no Rio de Janeiro, representante no Brasil da Lead Like Jesus, Jorge Monteiro, aponta para o risco da displicência no uso da Bíblia. 

“Nunca tive essa expectativa de que a Bíblia digital substituiria a de papel, existem muitos pastores que têm incentivado o uso da de papel porque entende que essa conveniência se torna uma displicência, ou seja, as pessoas vão a igreja não leva sua Bíblia, às vezes não abre o celular, e quando abre acaba se distraindo com outras coisa que estão ali dentro. Hoje há um entendimento cada vez maior de que a Bíblia de papel tem aplicação importante na capacidade e no conforto de leitura e no estudo, ao passo que a Bíblia on-line tem a vantagem de ser de fácil disponibilidade para busca de versículos, temas e comparações com as diversas versões.”

Ao ser questionado sobre a validade de uma Bíblia digital, ele afirmou que o que importa não é a mídia, mas o conteúdo.

“A primeira mídia onde foi escrita a palavra de Deus foi em pedra, depois mudou para pergaminhos e com a criação da imprensa ela foi impressa no papel, ou seja, o que foi mudando foi a mídia através da qual a mensagem era propagada, mas no final das contas o grande valor está na mensagem, ou seja, a mídia está muito ligada ao que é mais conveniente em um determinado momento.”

Se complementam

Jorge Monteiro destacou a importância de cada formato afirmando que os dois não se substituem mas se complementam.

“Meu entendimento é que cada um tem a sua aplicação específica, eu por exemplo gosto de pegar minha Bíblia de papel, ler, marcar, escrever nela, fazer minhas anotações, referências, mas não é simples pra mim, nem prático, ter uma Bíblia nas mãos em todos os lugares onde estou e nesse caso a Bíblia on-line é um recurso que eu tenho onde posso consultar em determinados momentos, buscar uma necessidade onde não tenho acesso a uma de papel, mas pessoalmente acho mais confortável ler a de papel porque se torna prática para estudo. Uso a online quando preciso fazer comparações de versículos. É equivocado achar que um tipo de mídia anula o outro. Esse assunto também aconteceu com relação aos livros, falou-se que o livro digital substituiria o impresso e isso não aconteceu. Na verdade se criou um outro segmento.”, comparou.

Quem também prefere a Bíblia impressa é o pastor Joarês Mendes, de Vitória-ES. “Embora tenha diferentes versões da Bíblia em meu celular e isso me seja de grande utilidade nas pesquisas, não abro mão do texto impresso e acho que ninguém deveria fazer essa substituição. Manusear o livro me permite fazer destaques, anotações e comparações, além de possibilitar o contato permanente com o contexto. Fico preocupado com  algumas igrejas que projetam todas as leituras bíblicas no telão, inclusive os textos da pregação, isso desestimula o contato com a Bíblia. Mesmo que muitos vão ler no celular, mas é melhor assim do que na projeção.” 

Capacidade para perdoar

Um novo estudo realizado nos Estados Unidos, revelou que os americanos que leem a Bíblia Sagrada regularmente e dizem que isso afeta suas vidas diárias são mais capazes de perdoar os outros do que os americanos que raramente leem a Bíblia.

O estudo da Sociedade Bíblica Americana descobriu que 94 por cento do que chamou de americanos “engajados nas Escrituras” disseram concordar com a afirmação: “Sou capaz de perdoar sinceramente qualquer coisa que alguém tenha feito comigo, independentemente de eles pedirem por perdão ou não”. Apenas 6% dos americanos nesta categoria disseram discordar da afirmação.

 

Com informações: *Revista Comunhão