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Após 15 anos de prisão, na China, o pastor uigur Alimujiang Yimiti foi libertado. Detalhes da libertação não foram revelados, mas, segundo a Voice of the Martyrs, organização que apoia os cristãos perseguidos, o líder religioso já está em casa ao lado da família.
Em 1995, Alim, como Alimujiang Yimiti é conhecido, deixou o islã para se tornar um seguidor de Jesus. Em Kashgar, na região de Xinjiang, ele liderou uma igreja doméstica para uigures. A partir de então, o pastor se tornou alvo do governo chinês.
Em 2007, as autoridades chinesas acusaram o pastor de “infiltrar” a ideologia cristã em Kashgar. Já no ano seguinte, em janeiro, Alim foi detido pela polícia por “incitar o separatismo” e “fornecer ilegalmente segredos de Estado a organizações estrangeiras”. As acusações ocorrerem por conta de uma conversa que ele teve com um líder americano.
Foto: Reprodução/Voice of the Martyrs
A família do pastor ficou proibida de comparecer ao tribunal. Isto porque o julgamento transcorreu secretamente. E em 27 de outubro de 2009, a sentença de condenação a 15 anos de prisão foi expedida pelo Tribunal Intermediário de Kashgar. O pastor foi condenado por “divulgar segredos de Estado”.
Mesmo com a apelação dos advogados, o Supremo Tribunal Civil de Xinjiang confirmou o veredicto no dia 16 de março de 2010. O caso do pastor Alim ganhou projeção mundial, o que fez com os crimes do governo chinês contra as minorias étnicas em Xinjiang ultrapassem as fronteiras do país.
Estima-se que 1-2 milhões de uigures, cazaques e outras minorias étnicas sejam mantidos em campos de concentração. De acordo com depoimentos de testemunhas no Tribunal Uigur, em 2021, os prisioneiros foram esterilizados à força, torturados e “reeducados”.
Com informações: Voice of the Martyrs