Saiba como é a realidade dos cristãos no Catar, anfitrião da Copa do Mundo

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Devido à Copa do Mundo, os holofotes mundiais estão apontados para o Catar, que é uma península localizada no litoral do Golfo Pérsico, no Oriente Médio. Dados da Forbes apontam que, em 2022, ele foi considerado o 4º país mais rico do mundo. Ele faz fronteira com a Arábia Saudita e é separado por um estreito do Golfo Pérsico do Bahrein,

A principal religião do país é o islamismo. No entanto, outras crenças podem ser praticadas no país entre elas o Cristianismo.

Aproximadamente 9,6% da população do Catar é cristã, formada em sua imensa maioria por trabalhadores filipinos, indianos e libaneses, além de alguns convertidos do islamismo. Grupos missionários estrangeiros não têm permissão para atuar no país, que está na 18º posição da Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2022.

Avanço das igrejas


Anteriormente à construção contínua de igrejas, os cristãos se reuniam em casas particulares e centros comunitários para adoração, conforme informação da Religion and Public Life (RPL). Vale salientar que os símbolos cristãos não são permitidos no exterior das igrejas. O governo e os líderes cristãos promovem a comunicação amigável.

Apenas seis igrejas são reconhecidas pelo governo do Catar: católica romana, anglicana, ortodoxa grega, ortodoxa síria, copta e cristã indiana. Entre a minoria cristã, os católicos romanos estão no topo da lista, seguidos por protestantes, anglicanos e cristãos não afiliados.

As denominações menores sem reconhecimento oficial, em grande parte protestante, devem realizar cultos sob o amparo de um dos seis grupos reconhecidos. A Igreja Anglicana abriga 60 evangélicos, protestantes e pentecostais. “Uma Igreja Anglicana foi inaugurada em setembro de 2013 com capacidade para 15.000 lugares e é supervisionada pela Diocese Anglicana de Chipre e do Golfo”, diz a RPL.

A instituição, ligada à Harvard Divinity School, diz ainda que várias outras igrejas estão planejadas para o Complexo Religioso de Mesaymir ou “Cidade da Igreja”. Ele é visto como um movimento consistente no país, que visa modernizar e atrair trabalhadores expatriados.

População do país


O país asiático tem uma população de aproximadamente 2,8 milhões de habitantes. Do total, aproximadamente 75% são estrangeiros, representados especialmente pelos indianos. Quase 90% da população é residente na área urbana.

Dados do Catar Statistics Authority apontam que a população masculina atual é de aproximadamente 2.036.932 homens e cerca de 646.575 mulheres. Esses números fazem do Catar o país com o maior número de homens para cada mulher.

As mulheres enfrentam restrições e limitações aos direitos humanos devido à sharia (conjunto de leis islâmicas). Elas são obrigadas a obedecer ao marido, serem vulneráveis à violência doméstica e restringidas legalmente de herdar metade do que um familiar masculino nas mesmas condições receberia.

No Catar, os homens são mais visíveis na esfera pública e, portanto, estão à frente da interação com as autoridades. Os que estão na liderança cristã são obrigados a relatar detalhes das atividades da igreja.

Os homens cristãos ex-muçulmanos não são imunes à pressão doméstica. Quando a conversão se torna conhecida, a família pode ameaçar de tirar as esposas e os filhos e colocá-los com outra família. A fé cristã de um pai jamais deve ser compartilhada com um filho.

Comunidades estrangeiras também ajudam a compor a população catariana, entre elas nepalenses, filipinas, paquistanesas e de outras nacionalidades menos representativas. Segundo levantamento do país, cerca de 800 brasileiros vivem no Catar.

Dinastia reinante


Comandado pela família al-Thani, que ganhou esse direito político concedido pelo Reino Unido e pelo Império Otomano. A dinastia reinante no Catar está no poder desde 1825. Após a renúncia sobre a região do Catar pelos otomanos, o país passou a ser um protetorado britânico, em 1916. Quase 60 anos depois, o país conquistou a independência do Reino Unido, tornando-se um Estado Soberano.

Somente em 2003, uma Constituição foi aprovada após um referendo com cerca de 98% de aprovação. O Catar corresponde a uma Monarquia Absolutista e Constitucional. No Catar, partidos políticos são proibidos e não há legislatura independente.

 

Com informações G1 e Religion And Public Life