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Pesquisa recente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) mostra que o Brasil é o país onde menos uma pessoa confia nas outras: somente 4,7 da população. A média mundial é de 25%. No Uruguai 21%, na Argentina 16%. Na Noruega é acima de 65%.
Isso é prejudicial ao desenvolvimento, a cultura de cooperação, a conectividade entre indivíduos, o que o cientista norte-americano Robert Putnan chama de “capital social” de uma nação.
Como construir associação de moradores, organizações religiosas, trabalho voluntário, times esportivos com base na cooperação se o brasileiro não confia no outro? Como funcionará a base de relações das futuras gerações? A Bíblia dá respaldo para não confiarmos uns nos outros?
O profeta Jeremias no capítulo 17:5 declara: ‘Maldito é o homem que confia no homem, que faz da humanidade mortal a sua força, mas cujo coração se afasta do Senhor”. Este texto bíblico se encaixa na pesquisa?
O Pastor Paulo Drago, de Vila Velha – ES, explica o versículo no seu contexto original. “Ele se refere à confiança na guerra porque naquela época, principalmente, as nações viviam em conflito, um tomando território do outro; e eles faziam muitas alianças, inclusive com o Egito.
Essas alianças com outras nações para se fortalecer e vencer os invasores foi motivo de tantas reprovações de profetas porque o que a palavra de Deus enfatizava é que eles não deveriam confiar nessas alianças. Eles deveriam confiar no Senhor e lutar na força do Senhor. Então o versículo não se refere a eu não confiar na sua palavra ou na do meu colega de trabalho, mas colocar a confiança para sua vitória, em uma outra pessoa”.
O Brasil completa neste ano 200 anos de sua Independência, com essa triste notícia sobre a confiança do brasileiro em outro brasileiro. Embora nosso país não enfrente guerra com outras nações, fica claro que sem confiança na palavra do outro e, principalmente, em Deus, nenhuma força humana levará uma nação à vitória. Feliz a nação cujo Deus é o Senhor!
Da redação