“Eu me sentia sozinho, desmotivado, sem vontade para nada, só queria chorar, me trancar no quarto e chorar por tudo, para mim ninguém me amava, ninguém me entendia e isso me levou a me auto mutilar, a desejar acabar com minha vida. Nada fazia sentido pra mim e acabando com minha vida todo o sofrimento acabaria junto. ” Rodrigo (nome fictício) tem 20 anos e tentou duas vezes o suicídio. A primeira foi aos 12 anos e a segunda ano passado.
O suicídio é a quarta principal causa de morte entre adolescentes e jovens no Brasil, segunda a Organização Mundial de Saúde (OMS). Um em cada sete meninos e meninas com idade entre 10 e 19 anos possui algum transtorno mental diagnosticado. Quase 46 mil adolescentes morrem por suicídio a cada ano, uma das cinco principais causas de morte nessa faixa etária.
“O suicídio é resultado de conflitos internos. Geralmente uma pessoa com ideação suicida está em depressão, transtorno de ansiedade, uso de substâncias tóxicas, traumas emocionais (como abuso sexual e violência doméstica). O comportamento suicida se divide em três fases: pensar em suicídio, tentativa de suicídio e consumação do ato”, diz a psicóloga Danyella Cabral.
Danyella em uma palestra no bairro Colúmbia – Foto: reprodução
Por isso é importante saber como identificar uma pessoa com pensamento suicida. A psicóloga Danyella ressalta alguns sinais de alerta para os pais.
- Alterações extremas no humor podem sinalizar emoções suicidas, excesso de raiva, sentimento de vingança, ansiedade, irritabilidade e sentimentos intensos de culpa ou vergonha.
- Frases como “a vida não vale a pena”, “estou tão sozinho que queria morrer” ou “você vai sentir a minha falta” estão diretamente ligadas a pensamentos sobre a morte. Se a pessoa se sente um fardo temos que nos atentar.
Danyella explica que quando identificado o desejo de suicídio o apoio emocional é fundamental para o jovem, “além da intervenção profissional, o importante é demonstrar para a pessoa que ela não está sozinha nessa luta. É não julgar, é estar presente, buscando soluções. Buscar uma melhoria. Não se deve ignorar, muitas vezes não é um ato de chamar atenção, pode sim ocorrer o ato final (suicídio). ”
Onde procurar ajuda
Centro de Valorização das Vida (CVV)
Oferece apoio gratuito e sob sigilo por telefone (188) e via internet.
Centro de Atenção Psicossocial (Caps)
Segmento do SUS, estão presentes em cidades com mais de 20 mil habitantes e são responsáveis por tratamentos psicossociais.
Atendimento Particular
A psicóloga Danyella Cabral neste mês de conscientização da Saúde Mental está com valores pela tabela social. Caso queira atendimento ou mais informações, entrar em contato no telefone: (67) 99336-5315 ou pelo perfil no Instagram: Danyella Cabral.
Por: Alzira Gavilan