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De acordo com o meteorologista da MetSul Meteorologia, Estael Sias, as tempestades de areia como a que atingiu o Mato Grosso do Sul nesta última sexta-feira (15), podem se tornar comuns em decorrência das mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global.
“Os extremos meteorológicos têm acontecido de forma global, consequência do aquecimento global. De 2000 para cá, todos os anos temperaturas acima da média no planeta. Quanto mais calor, os extremos acontecem, tanto os de seca quanto os de tempestade. É o que estamos verificando no Brasil. Pode ser que a gente evolua para um quadro de ‘novo normal’ nessa característica de extremos mais frequentes e teremos de nos adaptar a essa nova realidade”, destacou.
Conforme informações da CNN Brasil, o meteorologista esclarece que fenômenos como esse eram raros no país. “De fato não é algo comum no Brasil. Todo fim de estação seca é marcado por temporais e há realmente muitas vezes levantamento de poeira, mas na dimensão e intensidade que temos registrado traz características que lembram condição meteorológica de deserto”, acrescenta.
Há chances dessa situação se repetir em outros locais. “Não está dentro da nossa rotina prever tempestades de areia, mas, dentro do contexto que está acontecendo, tem áreas do Brasil que ainda não tiveram tempestades da estação chuvosa, como o interior do Nordeste e o sul da região Norte do país. Na medida em que a chuva atinge essas regiões, não dá para se descartar que haja esse mesmo efeito nas áreas que estão na estação seca”, pontua.
“Nos próximos 10 dias, o Sudeste e o Centro-Oeste vão viver uma verdadeira onda de tempestades, com volumes de precipitação que podem ser muito altos, especialmente em Minas Gerais”, finaliza o meteorologista.
Por: Roberta Martins
Editado por: Gildo de Souza