Projeto de lei na Espanha quer prender quem ajudar grávidas a desistir de abortos

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O Congresso dos Deputados da Espanha colocou para tramitação o projeto de lei apresentado pelo Partido Socialista para impor sentenças de prisão a grupos que "obstruem o direito ao aborto" em frente a clínicas de aborto. As pessoas que são contra o aborto realizam abaixo-assinado para tentar barrar o projeto. 

Segundo o portal Guiame, o texto diz que a reforma do código penal “permitirá a Pedro Sánchez colocar na prisão voluntários pró-vida que ajudam mulheres grávidas fora dos centros de aborto”.

Várias organizações pró-vida têm trabalhado fora desses centros por anos para fornecer informações às mulheres e desencorajá-las a fazer um aborto.

Socialismo

Segundo informa o pedido, a proposta para a modificação do código penal foi baseada em um relatório preparado pela organização pró-aborto Associação das Clínicas Credenciadas para a Interrupção da Gravidez (ACAI) em 2018.

A proposta foi levada em frente pelo Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE). Segundo ela, o Código Penal da Espanha passaria a considerar criminoso o ato de promover, favorecer ou participar de “concentrações nas proximidades de lugares habilitados a interromper gestações”, porque, segundo a ideologia promotora desse projeto, as manifestações pró-vida equivaleriam a um “atentado à liberdade ou à intimidade” da mulher.

Última esperança

O pedido de assinaturas on-line diz que “os ativistas pró-vida são a última esperança que essas mulheres, em muitos casos, foram enganadas e forçadas a abortar”.

O grupo fez uma mobilização com comícios na porta do Congresso para pressionar os legisladores. “Não vamos ficar parados”, avisaram.

Eles dizem estar em contato com associações pró-vida que serão diretamente afetadas pela reforma que pode colocar membros ativistas na prisão.

Até o momento desta publicação, o abaixo-assinado contava com quase 30 mil assinaturas, e pretende chegar a 50 mil.

 

Por: Bruna Aquino