“Deus seja louvado por tudo” declara o maior medalhista brasileiro paralímpico da história

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As Paralimpíadas de Tóquio 2020 trouxeram o adeus de uma lenda da natação no Brasil. Um dos maiores atletas da história do esporte brasileiro se despediu das piscinas na manhã desta quarta-feira (01).

Daniel Dias agora é o maior medalhista brasileiro da história dos Jogos Paralímpicos. O atleta ficou em quarto lugar na última prova de sua carreira, os 50 m livre S5, e finalizou sua participação em Tóquio com três medalhas de bronze.

Com 27 medalhas, sendo 14 de ouro, o atleta de 33 anos, encerra a carreira como o terceiro maior campeão da natação paralímpica masculina. “Deus fez infinitamente mais do que eu pedi ou pensei. Se eu escrevesse isso não seria tão perfeito quanto foi. Não é choro de tristeza. Estou feliz. É uma vida dedicada a isso aqui”, declarou.

Evangélico, Daniel destaca que sua vida é prova do poder de Deus. “Nasci num berço evangélico, sempre tive isso”, afirmou. E após uma carreira vitoriosa é hora de parar e seguir novos projetos.

“A vida do atleta é feita de ciclos, fases, e por isso decidi parar, resolvi dar o adeus à piscina porque vejo que a minha contribuição com a natação paralímpica já foi excepcional. Foi além do que eu esperava”, disse Dias, ao explicar os motivos que o levaram a optar pela aposentadoria.

Ficar mais perto da família, particularmente dos três filhos que assistiam à prova no Brasil, foi o motivo que levou o nadador a encerrar sua carreira aos 33 anos. “Cada braçada era pra eles”, disse Daniel depois da prova, emocionado e pensando nos filhos Asaph (7), Daniel (5) e Hadassa (2).”Papai tá chegando em casa. É isso que eu falo pra eles.”

“Hoje está muito difícil falar. Mas eu quero agradecer. A palavra de hoje é gratidão. Agradecer família, patrocinadores, torcedores, enfim. Tá difícil encontrar palavras. Acabou. O que eu queria é poder voltar no tempo, mas o que fica agora é a saudade”, declarou Daniel Dias bastante emocionado após a prova que encerrou a sua gigantesca carreira.

 

Por: Rhajjah Benites