Com o assunto em alta, pastores esclarecem dúvidas sobre o arrebatamento.

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Muito sempre se falou sobre o arrebatamento que a bíblia descreve, principalmente no meio cristão. Com a pandemia, esse assunto ficou em alta por todo o mundo, e muitos associam os últimos acontecimentos com esse tema. Com isso, muitas perguntas se formaram entre cristão e não-cristão sobre qual a relação das passagens bíblicas, com os fatos históricos que já aconteceram ou estão acontecendo mundo afora.

O missionário Fábio Coelho, líder do Ministério Vozes e Trovões e autor de dois livros sobre o fim dos tempos “Princípios da Batalha Espiritual” e “Não Apagueis o Espírito”, explica que o encontro com o Senhor nas nuvens será um arrebatamento físico. “Vamos subir, literalmente, até encontrar Jesus”, citou.

“Mesmo sendo um corpo glorificado, é um corpo físico. O nosso melhor exemplo de arrebatamento aos céus em forma física é o próprio Jesus. Ele subiu até o Trono, e nós subiremos até as nuvens”, explicou.

“Os sinais sempre estiveram presentes e, na medida em que o tempo avança para o fim, os sinais vão se intensificando. A quantidade de terremotos que acontecem hoje, é muito maior do que nos séculos anteriores. A quantidade de guerras é maior que antes. O esfriamento do amor, o aumento da iniquidade e a apostasia galopante. Tudo isso são evidências de que em breve Jesus voltará”, acrescentou.

Hernandes Dias Lopes, pastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória, deu como exemplo o evento pandêmico pela Covid-19. A pandemia de proporção global foi citada por ele como “diferente das demais”, por vários motivos. “Talvez não seja tão letal quanto as outras que já aconteceram na história da humanidade, mas ela tem mais abrangência. Além disso, trouxe uma grave crise da saúde pública e está ocasionando uma recessão econômica no mundo inteiro”, comentou.

“Se dissermos que estamos no período da Grande Tribulação, muitos vão tentar marcar uma data para a volta de Cristo e nós não temos o calendário de Deus em nossas mãos. Nós só temos os sinais de alerta, mas sobre esse dia e hora é da economia de Deus, não compete aos homens especular”, enfatizou.

Mas se o arrebatamento acontecer antes da Grande Tribulação, como outros pastores acreditam, então a segunda vinda de Jesus será compreendida em duas etapas: primeiro Ele volta para arrebatar a Igreja e depois volta para reinar. Um dos especialistas que defende esse pensamento é o pastor Lamartine Posella, atualmente um dos mais conhecidos defensores do pré-milenismo e pré-tribulacionismo, autor do livro “Apocalipse — A Maior Profecia do Mundo”, lançado pela Editora Vida.

“Eu acredito que está muito próxima a vinda de Jesus. Há sinais espirituais, como a apostasia — o divórcio da fé. Nunca houve tanta proliferação do ensino de mentiras como nesse tempo. As pessoas estão esfriando e rompendo a aliança com o Senhor e esse esfriamento é outro sinal espiritual”, iniciou.

“A primeira etapa se chama arrebatamento para o encontro do Senhor com os crentes, nos ares. A segunda etapa acontecerá ao final da Grande Tribulação, na batalha do Armagedom, quando aparecerá nos céus, descendo num cavalo branco com os seus exércitos”, detalhou.

“A diferença entre o arrebatamento e a segunda vinda é que o arrebatamento será invisível, só os crentes poderão ver Jesus e ouvir a trombeta. A segunda vinda todo olho verá e é comparada com o relâmpago que sai do Oriente para o Ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do Homem. Então, no arrebatamento, antes da tribulação, a Igreja sobe. Na segunda vinda, depois dos dias daquela tribulação Jesus desce com a Igreja. São dois eventos diferentes”, defende Lamartine e vários outros pastores que acreditam no pré-tribulacionismo.

Lamartine Posella lembrou que vivemos um tempo difícil de provações e tentações, mas encoraja os cristãos a se manterem firmes na fé. “Eu quero profetizar em nome de Jesus que todo aquele que está fraco, será forte e o que está amarrado, será livre”, orou.

Hernandes Dias Lopes acredita que muitos, nesse momento de pandemia, podem estar refletindo mais sobre a vida e sobre a necessidade de se voltarem mais para Deus. “Podemos e devemos preparar o caminho do Senhor para que Ele se manifeste”, disse.

Fábio Coelho completou que, independente da linha teológica de cada leitor, existe uma mesma esperança para todos. “E, mesmo que haja divergências nos detalhes que nos levam até lá, é o fim que vai nos unir. Existe uma promessa — um dia, ao ressoar da última trombeta, nós seremos arrebatados para a presença de Jesus. É nisso que devemos colocar a nossa fé, esperança e força. Com Ele ‘seremos um’ na eternidade”, concluiu o missionário.

 

Por: Rhajjah Benites