Zubeda Nabirye após tratamento por agressão na aldeia Matovu, no leste de Uganda. (Morning Star News)
Zubeda Nabirye, uma mulher cristã de 38 anos, sofreu perseguição nas mãos de seu próprio marido na vila de Matovu no distrito de Bugiri, Uganda, no dia 21 de novembro. Umar Kyakulaga, o marido muçulmano, a espancou e forçou a beber pesticida depois de descobrir Bíblias guardadas nos pertences de sua esposa.
Em uma entrevista, Nabirye explicou que seu marido muçulmano encontrou duas Bíblias escondidas em sua mala. Quando foi questionada se havia se convertido ao Cristianismo, ela disse que deu a seu marido uma resposta clara de que estava lendo a Bíblia e comparando seu conteúdo com aqueles escritos no Alcorão.
A raiva de Kyakulaga acendeu quando a esposa admitiu que se converteu ao cristianismo. Ela disse que o marido então começou a ler e citar versículos do Alcorão sobre o que os homens têm o direito de fazer quando suas esposas o desobedecem.
"Meu marido começou a ler versículos do Alcorão que permitiam aos homens bater em suas esposas se eles as desobedecessem, e depois disso, ele começou a me bater com tapas e varas", disse ela.
Nabirye acrescentou que seu marido não parecia contente em vê-la sofrendo pelas agressões e pediu que ela bebesse um pesticida tóxico.
"Como se isso não bastasse, ele me forçou a tomar Dithane M-45", acrescentou Nabirye.
Apesar de seus esforços para evitar engolir o pesticida, a esposa foi forçada a ingerir o produto químico nocivo enquanto o marido a estrangulava e continuava batendo nela com um pedaço de madeira. Ela acabou perdendo a consciência e ingerindo algumas quantidades do produto.
Ela estava cheia de sangue e vômito quando seus vizinhos a encontraram gemendo perto de uma bananeira onde ela acreditava que seu marido provavelmente a havia deixado para morrer. Quando ela recuperou a consciência, viu seus vizinhos a cercando, mas seu marido não estava mais à vista.
Os vizinhos então, a levaram ao hospital para tratamento imediato. Nabirye recebeu a medicação adequada e alta em 2 de dezembro.
Embora a mulher esteja agora em um lugar seguro, morando com uma família cristã, longe de seu marido muçulmano, ela não consegue deixar de pensar em seus três filhos, de dezesseis, treze e nove anos, que estão agora sob a custódia de sua sogra.
"Eu sei que será muito difícil para mim vê-los e me reunir com eles", disse Nabirye, de um local não revelado para sua segurança, informa o site cristão The Christian Post.
Um parente de Nabirye disse que não apresentará queixa à polícia pelo abuso, pois isso pode provocar ou incitar mais violência.
O CRISTIANISMO NA UGANDA
Embora a maioria da população de Uganda seja cristã, a comunidade muçulmana continua crescendo. Os líderes muçulmanos do país chegaram a afirmar que dominam a população do país.
O caso de Nabirye não é uma história isolada no país. Relatórios afirmam que há um aumento no número de cristãos que sofrem perseguição por causa de sua fé.
Em novembro desse ano, o pastor Wilson Niwamanya e seu filho Simon Peter Bizimaana foram mortos por um grupo de quatro muçulmanos quando voltavam para Kabale. As pessoas dizem que o motivo por trás disso é a religião. A esposa do pastor Niwamanya disse que seu marido tem recebido ameaças porque distribui "livros que desacreditam o Islã".
Além disso, na noite de 31 de outubro, o pastor David Omara do Christian Church Center foi espancado e morto após sua transmissão de rádio. O pastor teria comparado o cristianismo e o islamismo durante seu programa.
Por: Rhajjah Benites