Culto de domingo na Igreja Evangélica Comunidade Global de Campo Grande, Mato Grosso do Sul | Foto: reprodução
De 1991 a 2010, a proporção de católicos caiu 1 ponto percentual ao ano, ao passo que a de evangélicos cresceu 0,7. Na última década, de acordo com especialistas, o fenômeno ganhou ainda mais ímpeto.
Hoje, 50% dos brasileiros se declaram católicos, enquanto 31% se dizem evangélicos, conforme mostrou recente pesquisa do Datafolha. Regionalmente, a onda protestante se mostra mais forte no Norte e no Centro-Oeste, onde o percentual de fieis atinge 39%, e mais fraca no Nordeste, com 27%.
Os sete estados da região Norte possuem 39% dos evangélicos, se tornando a maior região em porcentagem de religiosos protestantes.
Em segundo lugar está o Centro-Oeste com 33% de evangélicos. O Sudeste tem 32%, o Sul 30% e o Nordeste 27%.
Se o crescimento continuar, estima-se que em 12 anos o Brasil sedimente um novo credo hegemônico, com os evangélicos superando os católicos.
Dentre os desdobramentos da ascensão evangélica, destaca-se, sem dúvida, o crescimento da participação desse grupo na política.
Na eleição de 2018 foram eleitos 91 parlamentares identificados como evangélicos, 13 a mais que no pleito anterior, numa participação que aumenta desde 2010. Cargos importantes, como o de prefeito do Rio e de ministro de Estado, são exercidos hoje por pastores licenciados.