O padre Sefer Bileçen, do mosteiro de Mor Yakup, no sudeste da Turquia, e dois cristãos assírios, Musa Tash Takin, de Sidri, e Youssef Yar, de Üçköy foram presos na Turquia na sexta-feira (10) e levados com acusações de terrorismo por oferecerem pão e água a militantes curdos que visitaram seu mosteiro, segundo testemunhas.
De acordo com as informações, a guarda militar turca acusou o padre de ajudar o militante curdo, um aliado do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, um grupo reconhecido pelos EUA como organização terrorista estrangeira.
A prisão de Bileçen foi devido a uma denúncia de um membro das Forças de Defesa Popular (HPG) alinhadas ao PKK, que alegou que Bileçen deu pão e água aos membros do HPG quando visitaram a igreja em 2018.
Diz-se que Bileçen é o único zelador do mosteiro localizado na cidade de Mardin.
Evgil Türker disse à Mezopotamya Notícia de que a prisão de Bileçen era desnecessária e pediu sua libertação.
"Como homens de Deus, os padres precisam obedecer quando alguém pede ajuda, independentemente de sua religião, raça, idioma ou ideologia", disse Türker.
Türker comparou o caso de Bileçen ao do missionário americano Andrew Brunson, que serviu por duas décadas como missionário na Turquia, passou mais de dois anos na prisão em Izmir depois de ser acusado de apoiar combatentes curdos e o movimento Gülen, acusações que Brunson alegou serem falsas.
"Talvez não tenhamos nosso próprio (presidente dos EUA) Donald Trump, mas a Turquia terá um segundo caso de pastor Brunson", disse Türker.
Os relatórios da prisão de Bileçen provocaram a ira da Comissão Americana de Liberdade Religiosa Internacional, um painel de especialistas independentes encarregado do congresso que assessora a Casa Branca, o Congresso e o Departamento de Estado em questões de liberdade religiosa.
Segundo o site The Christian Post, o grupo humanitário cristão sírio e iraquiano A Demand for Action confirmou as prisões por fontes locais na Turquia.