Contra o tempo: lideres evangélicos se mobilizam para coleta de assinaturas do novo partido de Bolsonaro

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Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro pretende criar, retoma os esforços para a coleta de assinaturas físicas de apoiadores. Contando com o apoio de igrejas e entidades empresariais, os integrantes da futura agremiação já reuniram mais de 110 mil rubricas, mas precisam alcançar exatos 492.015 apoios para ganhar o registro na Justiça Eleitoral, a tempo de participar das eleições municipais de outubro. 

Em alguns lugares do Brasil, o apoio vem das igrejas evangélicas locais, que se disponibilizaram para a coleta de assinaturas. Várias lideranças evangélicas se comprometeram na árdua tarefa para lançar a legenda. Entre elas estão, Bispo Robson Rodovalho, presidente da Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil (CONCEPAB), o presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Silas Câmara (Republicanos-AM) e outros líderes religiosos de distintas denominações também estão dispostos a apoiar o processo de formalização da nova sigla.

Otimismo

O presidente Jair Bolsonaro está otimista em relação à fundação do Aliança. “Se eu estiver bem em 2022, dá para a gente fazer uma bancada com uns 100 deputados”, disse ele, em uma live na semana passada. Segundo Bolsonaro, uma vez formado o partido, a ideia é designar um ‘comandante’ em cada estado com a devida orientação de como proceder na região. “Com 100 parlamentares, você ocupa posição de destaque na mesa, coloca alguém que produza alguma coisa, que não seja um poste, preocupado apenas com seus interesses. Aí vamos impor tudo aquilo que nosso povo quer. Esse é o sonho que a gente prepara em 2022”, destacou.

Presidente Bolsonaro e sua esposa Michelle durante culto na igreja – Foto: reprodução

Bolsonaro&Igrejas

A proximidade de Bolsonaro com lideranças evangélicas pode ser um dos fatores que levarão fiéis a aderirem ao projeto, principalmente por conta de seus posicionamentos em relação a temas sensíveis, como ideologia de gênero, família, drogas e aborto.

Em seu primeiro ano de governo, o presidente visitou diversas igrejas, participou de cultos e celebrações evangélicas, além de buscar aconselhamento dos principais líderes evangélicos do país.