“Ter fé não é crime” diz cristão chinês após ser condenado a quatro anos de prisão

Um ancião da Igreja do Pacto de Chuva Precoce foi condenado a quatro anos de prisão. Qin Derfu, detido desde o ano passado, foi condenado a quatro anos de prisão por “negócios ilegais” após uma sentença em 29 de novembro. A decisão sobre o tempo de prisão foi tomada quatro dias após a conclusão de seu julgamento no Tribunal Popular de Qingyang.

Segundo a International Christian Concern, Qin foi avisado de que se ele permitisse a designação de dois advogados do governo para o seu caso, ele "precisaria apenas comparecer à corte antes de ser libertado".

O estado chinês voltou imediatamente à sua palavra, cumprindo-o com uma sentença de quatro anos pelo crime de "imprimir e publicar ilegalmente publicações sem autorização da Administração Estatal de Imprensa, Publicação, Rádio, Cinema e Televisão".

Segundo o juiz, o crime de Qin foi "grave" porque ele escolheu ajudar a imprimir dezenas de milhares de panfletos do evangelho.

Em sua declaração final antes de ser levado embora, Qin protestou por sua inocência:

“Sou cristão e sirvo na minha igreja, de acordo com as necessidades da minha congregação. Com o entendimento de um cidadão comum, não fiz nada ilegal ou contrário a lei, acredito que ter fé [cristã] não é crime ”, declarou.

O pastor do Covenant Rain, Wang Yi, permanece atrás das grades, enquanto outros membros da igreja detidos na repressão do ano passado à igreja foram libertados desde então.

"De acordo com o testemunho do pastor Wang Yi, ele assumiu ativamente as principais responsabilidades pela impressão desses materiais de evangelismo", escreveu o advogado designado por Yi nas redes sociais. "Então, com base nisso (sentença de Qin), sinto que Wang receberá pelo menos 10 anos de prisão."

Respondendo à conclusão do caso de Qin, a gerente regional da ICC para o Sudeste Asiático, Gina Goh, disse:

“Condenamos veementemente o governo chinês pela injustiça aplicada a um cristão, que não fez nada ilegal e foi punido apenas por sua fé e ministério. Também pedimos orações para a Igreja do Pacto de Chuva Precoce, que continua enfrentando perseguição por parte do governo, explorada por seu direito de adorar livremente na China. ”