Empresa brasileira cria chip que aplicado sob a pele substitui chaves, cartões e senhas

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Já pensou em abrir a porta de casa, pagar uma compra ou desbloquear o smartphone sem senha, chave ou cartão? A tecnologia já permite realizar tudo isso com um biochip implantado na mão.

O dispositivo pode ser implantado na região das costas da mão entre o polegar e o indicador, conhecida como triângulo da mão, por ser uma aérea com poucas terminações nervosas.

O chip é bem pequeno, um pouco maior do que um grão de arroz e invisível sob a pele. O seu design é feito com material biocompatível e envolto por um material utilizado na medicina, o mesmo composto DIU – dispositivo intrauterino -, e por isso o organismo não costuma rejeitar, afirma o CEO da Project Company, empresa que fabrica e vende os biochips no Brasil, Antonio Henrique Dianin.

Segundo o dermatologista Caio Lamunier do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, os biochips foram desenvolvidos para serem inertes e não causarem reações alérgicas. Por isso não há necessidade de nenhuma preparação em quesito de alergia para a implantação do chip.

“O que pode ocorrer é a pessoa ter uma rejeição com o corpo estranho, assim como uma reação a um piercing ou a uma tatuagem”, completa o dermatologista.

O chip não precisa ser carregado, pois não usa baterias. Para funcionar, o NFC captura energia do campo eletromagnético gerado pelo dispositivo de contato.

Implantação

O processo para colocar o chip é bem simples e pode ser feito por um body piercer, profissional que faz a perfuração de piercings. O processo para implantar costuma ser indolor e deixa uma pequena cicatriz por algumas semanas, afirma Dianin, que tem um biochip.

A implantação também pode ser feita por um profissional da saúde, como um médico. O dermatologista Lamunier afirma que é um procedimento seguro, mas que algumas pessoas podem ter sangramento ou infecção, mas que essas complicações são simples de serem resolvidas.

Segundo o site R7, a Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, disse que não regulamenta o procedimento de implantação de biochips.

E a privacidade

Um dos medos de ter um chip implantado pelo corpo é ser rastreado 24 horas por dia. Segundo o CEO da Project Company, isso não deve ser uma preocupação pelo simples fato de não ter um GPS no chip. Caso houvesse, ele não seria tão pequeno e nem duraria tanto tempo, já que necessitaria de uma bateria para funcionar.

O biochip não deve ser um obstáculo para pessoas fazerem exames de ressonância magnética ou para fazer um raio-x. Isso porque é compatível com esses aparelhos médicos. Além disso, a quantidade de metal no chip é menor do que de um implante dentário e não é suficiente para ser um problema em detectores de metais.

Com informações R7