Enquanto para muitos americanos, 31 de outubro é associado com o Halloween, para muitas igrejas em todo o mundo, a data é destinada a celebrar o nascimento da Reforma Protestante.
Quarta-feira marca o 501º aniversário de quando o monge agostiniano Martinho Lutero pregou 95 teses a uma porta da igreja em Wittenberg, localizado na atual Alemanha, para protestar contra os abusos na Igreja Católica Romana.
Os argumentos do ex-monge Lutero não pediam que a Igreja se dividisse, mas que passasse por uma reforma teológica, abandonando práticas que contrariavam as Escrituras Sagradas. Rejeitadas pelo Vaticano, foram o início do que seria mais tarde a Igreja Luterana.
Entre as propostas de Lutero estava a de traduzir a Bíblia para que todos pudessem conhecer a Palavra de Deus. Até então isso era privilégio do clero. Foi uma verdadeira revolução no cristianismo. Lutero baseava-se em “5 pilares” que são usados até hoje para definir a fé protestante: “Somente a Escritura, somente a Fé, somente a Graça, somente Cristo e Glória somente a Deus”.
Os ideais se espalharam pela Europa e encontraram eco em vários movimentos similares. Essa é a raiz das igrejas evangélicas que se espalham por todo o mundo até hoje. Embora pouco divulgada pelas igrejas no Brasil, o fato é que a Reforma ajudou a mudar a história.
Prestes a completar cinco séculos, a Reforma continua inspirando milhares de cristãos no mundo inteiro
Pastores celebram
O último Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) – de 2010 – concluiu que a perda de fiéis católicos, que era cerca de 1%, aumentou acentuadamente, enquanto o aumento notável de evangélicos continuou a crescer bastante.
O número de cristãos evangélicos no país cresceu 61% em 10 anos. Havia, em 2010, 42.310.000 evangélicos no Brasil, 22,2% da população.