Entende-se por exploração sexual um indivíduo obter lucro com a atividade sexual de outro. Trata-se de um crime hediondo segundo o código penal brasileiro: lei nº 12.015. Vamos destacar algumas
formas mais comuns. O crime de rufianismo, pouco falado, mas infelizmente muito praticado:quando a exploração de menores é cometida pelos responsáveis, pais, padrastos, avós e outros.
Vendidas para suprir a extrema pobreza de suas famílias. Outro crime mais comum do que se imagina: o tráfico de pessoas para fins sexuais. Pessoas subtraídas de seu ambiente e seu corpo comercializados.
Outra forma de exploração é a pornografia infantil. A saber, a produção, utilização, exibição, comercialização de material (fotos, vídeos, desenhos) com cenas de sexo ou com conotação sexual das partes genitais de uma criança. Tem sido muito explorada, sobretudo em nossos dias, onde o acesso a rede mundial se dá rapidamente por dispositivos móveis e multifuncionais, onde internautas acessam e compartilham conteúdos. A grande pergunta é: o que a igreja tem a haver com tudo isso?
Quando pensamos no corpo de Cristo como um hospital para pecadores e não um museu dos santos, é porque existem pessoas que não conseguem lidar com as próprias tragédias. Gente de alma violada e amputada do seu destino, sua identidade deformou-se.
A tarefa da igreja é cuidar desses feridos, demonstrando sensibilidade diante de suas terríveis histórias fazendo com que encontrem meios de se locomover em suas existências, com qualidade de vida e autonomia.
É papel da igreja combater essas formas de degradação humana, se manifestando, atuando como formadora de opinião instituída por pessoas que crêem em um Deus que não compactua com qualquer tipo de violação humana. A cruz nos impulsiona para agir com graça, nos chama para servir e cuidar de todos sem exceção. Ensina que amar é sentir íntima compaixão pelos aflitos. O amor prático tem que ser nosso cotidiano durante a jornada para a eternidade.
Os sofrimentos decorrentes da exploração sexual, da violência e da rejeição, fazem os perdidos imaginarem um Deus que não ama! A igreja deve ser eficaz no cuidado e se envolver com a dor e sofrimento dos perdidos, independente da origem ou natureza. Demonstrando disposição em amar incondicionalmente como Jesus. Mover-se em graça, não esperar nada em troca, e até mesmo bons comportamentos. Servindo ao próximo até nos pequenos detalhes ao oferecer alimento, transporte ou roupas. Ser local seguro para todos, onde o ferido é aceito, ouvido, compreendido e encorajado a mudar, um ambiente de sigilo e cumplicidade. Homens piedosos devem ser referenciais de Deus como Pai, pois não raro, os que sofrem dos males acima mencionados, precisam de restauração em relação ao papel masculino, que fora tão usurpador e abusivo em suas histórias. A paternidade e a masculinidade são sinônimos abusos e sofrimentos. Isso torna difícil ensinar que Deus é Pai, e Jesus foi um homem aqui na terra. Para as vítimas meninas e mulheres, “homem nenhum presta”, pois estes só pensam em satisfação a qualquer preço. É imprescindível não expor a identidade nem rotular as vítimas dentro da própria comunidade.
Podemos enfrentar muitas retaliações por se envolver no resgate de pessoas sob o domínio das trevas; antes marionetes nas mãos de satanás, e agora acolhidas pelos filhos de Deus, amadas e expostas a graça e amor eternos. É obvio que isso não alegra o mundo e o inimigo. Lutas e desafios virão, mas o Senhor garante vitória e abundante júbilo pela salvação dos perdidos. Para isto Ele se manifestou! Em Campo Grande, MS, você pode encontrar o Projeto NOVA, uma iniciativa da Primeira Igreja Batista que realiza um trabalho de assistência aos sobreviventes do abuso sexual e da prostituição. Mais informações com a missionária Viviane Vaz pelo telefone (67) 99248-7944, pelo e-mail [email protected], ou acesse o site http://www.projetonova.com.
Por Viviane Vaz