
A liderança da Frente Parlamentar Evangélica na Câmara dos Deputados será decidida em breve, com a disputa entre os deputados Otoni de Paula (MDB-RJ), aliado do governo Lula, e Gilberto Nascimento (PSD-SP), vinculado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão, que tradicionalmente ocorre por consenso, pode ter votação inédita, caso não haja acordo.
A eleição, que geralmente acontece na primeira semana de fevereiro, foi antecipada para o dia 11 de dezembro, durante o Culto da Santa Ceia. Otoni de Paula, que em 2023 retirou sua candidatura em favor de um acordo de alternância na presidência, anunciou que manterá sua candidatura até o fim este ano, descartando nova alternância. Ele conta com o apoio do atual presidente, Silas Câmara, e de Cezinha de Madureira (PSD-SP), ambos alinhados ao governo federal.

Gilberto Nascimento, considerado o “decano” da bancada por ter participado de sua fundação em 2003, é um nome respeitado entre os parlamentares evangélicos. Delegado da Polícia Civil, ele tem o apoio do pastor Silas Malafaia, uma figura influente no meio evangélico.
Nos bastidores, chegou a ser ventilado o nome do deputado Pastor Diniz (União-RR), da Igreja Batista, mas sua curta trajetória na Câmara foi apontada como um entrave. Ele não confirmou candidatura.
Caso a votação ocorra, será a primeira vez na história da Frente Parlamentar Evangélica que a escolha do presidente será feita dessa forma, marcando uma possível mudança na dinâmica do grupo, tradicionalmente pautada pelo consenso.
Com informações: Revista Comunhão