
Nesta terça-feira (19), a vereadora de São Paulo, Sonaira Fernandes (PL), apresentou uma moção de repúdio na Câmara Municipal contra a utilização da imagem de Nossa Senhora Aparecida com um manto representando a bandeira LGBTQ+. A ação, ocorrida durante uma romaria no Santuário Nacional de Aparecida, gerou polêmica e revolta entre católicos nas redes sociais.
A parlamentar afirmou que a iniciativa foi um desrespeito à fé católica, além de configurar uma “afronta direta aos valores cristãos”. Segundo Sonaira, a imagem de Nossa Senhora Aparecida é um símbolo sagrado para milhões de brasileiros e deve ser preservada de ações que possam ser interpretadas como desrespeitosas ou ideológicas.
“Nossa Senhora Aparecida é um ícone de devoção e símbolo máximo da fé católica no Brasil. Sua imagem transcende questões políticas ou ideológicas e deve ser preservada como um espaço de união e respeito à religiosidade”, declarou a vereadora no documento apresentado.
Reação da igreja e comunidade católica
O caso aconteceu no último sábado (16), durante uma romaria organizada pela Rede Nacional de Grupos Católicos LGBTQ+. A imagem da santa foi vestida com um manto nas cores do movimento LGBTQ+, o que levou a críticas de católicos que se manifestaram em plataformas digitais.
Em resposta, a Arquidiocese de Aparecida explicou que o Santuário recebe mais de 300 romarias por semana e que não controla as ações específicas de cada grupo. Em nota oficial, a instituição destacou que o Santuário “representa o acolhimento da Mãe, que não faz distinção entre seus filhos”.
Igreja defende acolhimento e respeito àsrRomarias
No comunicado, a Igreja Católica ressaltou que as romarias que visitam a Basílica são registradas e organizadas antecipadamente, sem que sejam feitas exigências quanto às motivações pessoais de cada peregrino. A instituição reiterou seu compromisso com a inclusão, especialmente diante da aproximação do Jubileu de 2025, cujo tema é “Peregrinos da Esperança”.
Pedido de posição das autoridades eclesiásticas
Além de expressar o descontentamento, a moção de repúdio de Sonaira Fernandes solicita que as autoridades eclesiásticas, incluindo a Arquidiocese de Aparecida, se pronunciem formalmente sobre o incidente. A vereadora enfatiza a necessidade de preservar símbolos religiosos e evitar o uso deles em contextos que possam gerar conflitos entre fiéis.