Um estudo conduzido pelo economista Valter Palmieri Júnior, professor da Strong Business School, revelou que os preços do arroz e do feijão aumentaram mais do que os da cerveja e do cigarro nos últimos anos. O levantamento foi realizado para a ACT Promoção de Saúde, uma organização que defende a saúde e a alimentação saudável.
Os dados mostram que, até 2016, o cigarro teve aumentos de preços superiores aos dos alimentos. No entanto, desde 2017, essa tendência se inverteu. A partir desse ano, o preço mínimo do cigarro, fixado em R$ 5 por maço, não sofreu correções. Em contrapartida, os preços dos alimentos passaram a subir de forma mais acentuada. Entre janeiro de 2017 e abril de 2024, o arroz teve um aumento de 99,5%, enquanto a cerveja subiu 36,3% e o cigarro 28,8%.
A reforma tributária proposta pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode alterar a tributação de produtos como cerveja e cigarro. Em discussão no Congresso Nacional, a reforma propõe isenção de impostos para itens da cesta básica, incluindo arroz e feijão. Por outro lado, bebidas alcoólicas e cigarro seriam sujeitos ao Imposto Seletivo, também conhecido como “imposto do pecado”, que impõe uma tributação mais alta.
O primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária, que define os produtos taxados pelo Imposto Seletivo, está previsto para ser votado pela Câmara em julho. As alíquotas desse tributo serão estabelecidas posteriormente em outro projeto de lei.
Essas mudanças visam aliviar o custo dos alimentos essenciais para o consumidor brasileiro, enquanto aumentam os impostos sobre produtos considerados prejudiciais à saúde. As informações são do Estadão.