Complexo médico de missão no Haiti é alvo de ataque em meio à crise de violência

Compartilhe:

No contexto da crise generalizada no Haiti, um complexo médico de uma missão foi atacado por homens armados. O país caribenho enfrenta uma onda de violência desencadeada por gangues, tornando a situação extremamente perigosa para a população local e para as organizações que prestam ajuda humanitária.

O ataque ocorreu na última semana, quando aproximadamente 10 criminosos tentaram invadir a base do ministério LiveBeyond, localizado a cerca de 32 quilômetros da capital, Porto Príncipe. O médico cofundador da LiveBeyond, Vanderpool, relatou que a equipe de segurança conseguiu repelir o ataque, evitando ferimentos. No entanto, a ameaça constante é evidente.

Segundo Vanderpool, os criminosos provavelmente tinham a intenção de roubar comida e suprimentos para vender, além de sequestrar missionários em troca de resgate. Ele destacou a urgência de intervenção internacional diante da periculosidade da situação no Haiti.

A missão LiveBeyond oferece atendimento médico aos mais necessitados no país, contando com uma equipe de 120 funcionários que atendem cerca de 20 mil pacientes por mês. No entanto, o controle de grupos armados tem dificultado o trabalho diário da missão e de outras organizações humanitárias.

A recente onda de violência no Haiti tem sido alarmante, com gangues armadas invadindo prisões e libertando milhares de presos. Estima-se que esses grupos controlem cerca de 80% da capital. Relatórios revelam que as gangues haitianas possuem armamentos militares e ganham milhões de dólares anualmente com resgates de sequestros, além de relatos de tráfico de órgãos.

A escalada da violência tem colocado as crianças haitianas em uma situação de extrema vulnerabilidade, com risco aumentado de crise de desnutrição. Desde o assassinato do presidente Jovenel Moïse em julho de 2021, o país tem enfrentado um cenário de caos, com a capital dominada por gangues.

Nesse contexto crítico, organizações internacionais e a comunidade global são chamadas a atuar em solidariedade ao povo haitiano e a buscar soluções para conter a escalada da violência e fornecer assistência humanitária urgente.

Da redação