Teologia coaching invade igrejas brasileiras e levanta debate sobre as bases do cristianismo

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Foto: reprodução

O universo do coaching e sua abordagem voltada para a autorrealização e sucesso no mundo dos negócios estão ganhando espaço na esfera religiosa, marcando presença na cena evangélica com a chamada “teologia do coaching”.

Este movimento, liderado por figuras como Oséias Gomes, CEO de uma franquia de clínicas odontológicas e autor de best-sellers de autoajuda empresarial, integra elementos cristãos aos princípios inspiracionais do coaching. A teologia, no entanto, é questionada por líderes religiosos, como o pastor batista Yago Martins, que a vê como uma deturpação da mensagem cristã.

Martins, em colaboração com Pedro Pamplona e Guilherme Nunes, lançou o livro “Você É o Ponto Fraco de Deus”, ironizando obras do gênero do coaching religioso. Nesse contexto, influenciadores como Deive Leonardo e Tiago Brunet se destacam, atraindo uma legião de seguidores, reforçando a interseção entre os campos do coaching e da religião.

Enquanto defensores dessa abordagem veem na teologia do coaching uma oportunidade de autodesenvolvimento, críticos como o pastor Yago Martins expressam preocupação com a superficialidade no entendimento da mensagem cristã. Eles alertam para a distorção do propósito religioso em prol do sucesso material.

Os embates sobre essa nova vertente religiosa não se limitam apenas à esfera evangélica, sendo percebidos movimentos similares em outras crenças. Esse deslocamento do poder da igreja para a pessoa se traduz em uma ferramenta da teologia da prosperidade, prometendo soluções para questões mundanas.

 

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