Arqueólogos descobrem mais longo aqueduto da época do Segundo Templo

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Foto: Reuters

Arqueólogos descobriram uma extensa porção de um antigo aqueduto em Jerusalém, medindo 328 jardas. O anuncio, ocorreu na última semana, pela Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA). A descoberta aconteceu durante escavações antes da construção de uma escola no bairro de Givat Hamatos.

Os pesquisadores afirmaram que a seção é a mais longa já encontrada, parte do que é conhecido como o Aqueduto Superior. Construído durante a era do Segundo Templo (516 a.C. – 70 d.C.), o sistema era usado para transportar água de fontes naturais próximas a Belém, cerca de 21 quilômetros de distância, para a capital em Jerusalém.

Os dois canais principais do sistema estavam em operação naquela época. No entanto, um despejava água na área residencial da chamada “Cidade Alta”, que fica na atual Cidade Velha, nos bairros judeus e armênios. Já o segundo direcionava água para o Monte do Templo.

Após a queda de Jerusalém em 70 d.C., os romanos continuaram a usar essa infraestrutura. Eles ainda realizaram reformas, que incluíram melhorias estruturais no aqueduto. Na argamassa usada nessas reformas, moedas que remontam à época romana foram encontradas. Dentre elas, uma que celebra a revolta judaica contra o domínio do Império.

Os arqueólogos Ofer Sion e Rotem Cohen explicaram que as moedas podem ter sido inseridas como talismãs para “trazer boa sorte”. O novo segmento descoberto está dividido em três partes distintas, duas construídas durante o período do Segundo Templo e uma pelos romanos.

Os pesquisadores destacaram a alta qualidade da construção, que possui algumas seções com cerca de três metros de altura. Eles esperam que essa descoberta ofereça pistas para entender melhor quando e como o aqueduto foi construído: durante a época dos Hasmoneus ou sob o reinado do Rei Herodes.

Essas descobertas revelam muito sobre a complexa história de Jerusalém, conforme ressaltou o diretor da IAA, Eli Escusido. Vale destacar que os estudiosos estão empenhados para conservar este importante sítio arqueológico. O objetivo é torná-lo acessível ao público em geral, futuramente.

 

*Revista Comunhão