Foto: Samuel Santos / Pleno News
O cantor e compositor gospel Kleber Lucas, líder da Igreja Batista Soul, comentou durante entrevista à jornalista Heloisa Tolipan sobre o seu desejo de expandir a música evangélica para promover a inclusão.
Durante a fala, o artista que é membro da Comissão de Combate a intolerância no Rio de Janeiro, revelou não concordar com a exclusividade da fé reivindicada por muitas religiões, como por exemplo igrejas evangélicas.
O cantor ainda fez comentários sobre “extremismo fundamentalista e a disseminação do ódio”, e enalteceu os avanços no combate a intolerância religiosa em espaços acadêmicos e públicos.
Atualmente o cantor tem a música “Deus cuida de mim” como trilha sonora da novela “Vai na fé” na TV Globo, a canção tem parceria com Caetano Veloso.
“A novela é um espetáculo, porque vê o evangelho como um setor de espaços culturais e o movimento evangélico como uma realidade no Brasil”, relata o cantor.
Kleber Lucas ainda comentou a respeito da importância de romper a “bolha” gospel para ampliar visões.
“Acredito que toda bolha se propõe a sustentar um único viés de pensamento. Ela não é democrática, a partir do momento em que se fecha para outros olhares. Acredito sim, em um movimento religioso progressista, que é evangélico, protestante no Brasil, que é contra uma politica antidemocrática, contra à intolerância religiosa e contra esse fundamentalismo religioso que incita o ódio. Então, se você tem um discurso que se alia a outras vozes de outros setores sociais, que lutam pelo Espaço Democrático de Direito e pela democracia, essa ‘bolha’ precisa furar”, afirma.
“A sociedade precisa fazer, inclusive, uma autocrítica. Porque, pela falta de autocrítica, nós quase perdemos a eleição em 2022. Sendo que existem muitos evangélicos que são contra e que na hora de depositarem seus votos nas urnas, agiram a favor da democracia, pela liberdade religiosa, pela liberdade dos espaços, pelo laicismo. Essa ‘bolha’ precisa ser furada, para que possamos nos ver e nos reconhecer em outros setores que não são os nossos”, relata.