Em maio, a Portas Abertas comemora 45 anos de atuação no Brasil. Por isso, no dia 6, haverá um culto de celebração na Igreja Batista Boas Novas, em São Paulo, a partir das 19h. Haverá transmissão, ao vivo, mas é necessário efetuar o cadastro para o recebimento do link.
O secretário-geral da Portas Abertas no Brasil, Marco Cruz, salienta que será um momento muito especial para também relembrar os fundadores da Portas Abertas, o Irmão André e a Irmã Elmira. “Os dois partiram para Jesus no mesmo ano, em 2022, e pensar no legado, exemplo de força e coragem e todos os ensinamentos que nos deixaram nos dá o senso de responsabilidade, continuidade e nos emociona muito”.
Durante a celebração, será lançado o livro “Irmão André: Sem Medo Pela Fé”. Foi com o irmão André, conhecido como Contrabandista de Deus, que o trabalho da Portas Abertas Internacional foi iniciado. Ele leva as Bíblias para o Leste Europeu para detrás da Cortina de Ferro. No entanto, no Brasil, o trabalho da agência missionária começou pelas mãos da irmã Elmira Pasquini.
Os cantores Luciano Claw e Jeremias Lyu estarão presentes no evento, como também um dos fundadores da Portas Abertas, Johan Companjen, e Timothy Cho, um cristão nativo do país que lidera a Lista da Perseguição Mundial (LMP) 2023: a Coreia do Norte.
Johan Companjen e Timothy Cho
O holandês Johan Companjen caminhou ao lado do irmão André no trabalho missionário. Ele ocupou o cargo de presidente da Portas Abertas Internacional até 2011, quando se aposentou com 65 anos. Johan, inclusive, fez parte da escolha dos valores centrais da missão. Vale salientar que ele e a esposa fizeram muitas viagens pelo mundo, representando a causa da Igreja Perseguida.
Timothy Cho foi abandonado pelos pais durante a Marcha Árdua, a pior fome na Coreia do Norte na década de 1990. Ao ser deixado para trás, além de gerar o sentimento de abandono, ele se tornou o “filho de traidores”. Isso impediu que ele frequentasse a escola e o obrigou a morar na rua. Aos 17 anos, o norte-coreano fugiu para a China pela primeira vez, mas foi pego e deportado para a Coreia do Norte.
Após o retorno, Timothy foi preso e torturado. Ele ainda carrega cicatrizes desse momento. Entre idas e vindas entre China e Coreia do Norte, Cho foi preso cinco vezes até que, anos depois, conseguiu fugir para o Reino Unido, onde vive até hoje.
“O que eu lembro de viver na Coreia do Norte totalitária é que eu não sabia quem eu era, que escolha eu tinha. Descobri a obra de Deus quando me ajoelhei diante dele para pedir por minha sobrevivência e liberdade nas celas da prisão. Aprendi que esses sofrimentos não destroem a fé, mas a refinam”.
Jeremias Luy e Luciano Claw
Vindo do outro lado do mundo, o cantor Jeremias Lyu estará no louvor. Ele nasceu na Coreia do Sul, em um lar missionário que veio para o Brasil quando ele tinha sete anos. O contato do cantor com a Portas Abertas é recente. Foi iniciado quando ele começou a compartilhar a campanha de ajuda emergencial às vítimas dos terremotos na Síria e Turquia.
“Ao conhecer a equipe mais de perto, entendo o que Deus realmente fez ao longo desses 45 anos e que o culto de celebração será apenas um reflexo, uma forma de lembrar o que o Senhor tem feito e ainda fará em mais 45, 180 anos. A Portas Abertas me despertou e me fez lembrar do chamado missionário de Deus para mim, que começou com a minha família, mas em uma missão local, e hoje tenho o olhar global com a Igreja Perseguida”, ressaltou Lyu.
Também estará no louvor Luciano Claw, que junto com a banda, trabalha há alguns anos como cantor e produtor musical. Ele, que tem influência musical de Paulo César Baruk, cresceu em um lar evangélico e está envolvido com a música e o Reino de Deus desde muito jovem.