Foto: Diocese de Minna
Um padre católico romano foi queimado vivo no último sábado (14/01) no estado de Níger, na Nigéria, quando assaltantes incendiaram os aposentos de sua paróquia, disseram fontes.
A polícia disse que os assaltantes tentaram entrar na casa do Rev. Fr. Isaac Achi, nas instalações da Igreja Católica de São Pedro e Paulo em Kafin-Koro, condado de Paikoro, estado do Níger, e ateou fogo antes de fugir quando as forças de segurança chegaram.
“Os bandidos supostamente tentaram entrar na residência, mas parecia difícil, e eles decidiram incendiar a casa enquanto o referido Rev. Padre foi queimado vivo até a morte”, disse o porta-voz do Comando do Estado do Níger, Wasiu Abiodun, em um comunicado à imprensa.
“Uma equipe tática da polícia ligada à Divisão Kafin-Koro foi imediatamente convocada para a área, mas infelizmente os suspeitos já tinham fugido do local.
Um padre assistente, o reverendo Collins Omeh, foi baleado no ombro durante o ataque e levado às pressas para um hospital, disse Abiodun.
Um funcionário do governo do estado do Níger descreveu o ataque “como cruel e desumano”.
“Este é um momento triste, para um padre ser morto dessa maneira significa que nem todos estamos seguros”, disse Mary Noel-Berje, secretária-chefe de imprensa do governador do estado, em um comunicado. “Esses terroristas perderam o controle e uma ação drástica é necessária para acabar com essa carnificina em andamento.”
O Rev. Bulus Dauwa Yohanna, presidente do CAN Niger State Chapter, condenou o ataque.
“Basta de ataques e assassinatos arbitrários de cidadãos nigerianos inocentes”, disse Yohanna em comunicado à imprensa. “Expressamos nosso descontentamento também com a leviandade e atitude morna do governo da Nigéria em relação a tais atos covardes contra a igreja.”
A Nigéria liderou o mundo em cristãos mortos por sua fé em 2021 (1º de outubro de 2020 a 30 de setembro de 2021) com 4.650, ante 3.530 no ano anterior, de acordo com o relatório World Watch List de 2022 da Portas Abertas. O número de cristãos sequestrados também foi maior na Nigéria, com mais de 2.500, contra 990 no ano anterior, de acordo com o relatório WWL.
A Nigéria ficou atrás apenas da China no número de igrejas atacadas, com 470 casos, de acordo com o relatório.
Por: Alzira Gavilan