Evangélicos têm mais oportunidades no mercado de trabalho, diz pesquisa brasileira

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Reprodução internet

Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), os evangélicos possuem mais oportunidades no mercado de trabalho se comparado aos seguidores de outras religiões.

O estudo chamado de “Religião e empregabilidade – a força dos laços fracos e fortes em grupos religiosos pentecostais” traz informações relevantes sobre a questão do emprego no Brasil. (Leia aqui)

A pesquisa aponta que  pretos ou pardos tinham menos chances de conseguir rendimentos do trabalho do que os que se declararam brancos e que as mulheres têm mais desvantagens que os homens.

Mas quando a pessoa se declara evangélica, mesmo sendo desses grupos desfavorecidos, ela consegue ter mais oportunidades.

“Percebemos que as camadas mais pobres da população e pessoas pretas e pardas que são evangélicas conseguem, por meio de suas filiações religiosas e dos engajamentos em suas igrejas, moderar as desvantagens no mercado de trabalho”, explica Silvio Salej, do Departamento de Sociologia da UFMG.

O professor entende que este resultado positivo para os evangélicos “mostra que  o vínculo com a comunidade de fé está criando um mecanismo que propicia ganhos e oportunidades para essas pessoas”.

Mudança do pensamento

O professor de sociologia Jorge Alexandre Barbosa, da UFMG, entende também que a conversão leva a pessoa a ter mais confiança.

“A pessoa que inicialmente carregava o ‘rótulo negativo’ de ser negro passa a carregar o ‘rótulo’ de evangélico. Assim, o novo ‘rótulo positivo’ anularia o efeito do negativo”, indica.

Em outras palavras, o vínculo religioso reflete na motivação do indivíduo. Inclusive as mulheres também passam a ser “empoderadas” pela igreja e se tornam mais motivadas e capacitadas para o mercado de trabalho.

 

Da redação