Missionários da Hope Mission Romania investem recursos no evangelismo da tribo Batwa, localizada na região de Rubuguri, em Uganda. A iniciativa, que ocorre há mais de 10 anos, tem a colaboração de igrejas do Canadá, Estados Unidos, Romênia e outros países da Europa. A instituição missionária contribui para a transformação desta comunidade que vivia isolada na região oeste do país, no distrito de Kisoro.
O despertar espiritual tem acontecido: 232 pessoas foram batizadas nas águas. Elas são frutos dos projetos de evangelização desenvolvidos Hope Mission da Romênia. O pastor Vasile Bojor, presidente da Comunidade Regional de Cristãos Pentecostais de Cluj, Romênia, foi quem batizou as pessoas. Estiveram presentes para o momento especial mais de duas mil pessoas, membros da comunidade Batwa, como também autoridades locais e regionais.
“Nós costumávamos viver como animais na selva”, contou Jovanis Nyirakayanje, um pigmeu batwa, à CBN News, que revelou ainda: “A gente fumava, bebia, fazia bruxaria. A gente adorava o diabo”. Ele foi um dos primeiros a ouvir a mensagem de Salvação do Evangelho.
O Dr. Scott Kellerman, médico norte-americano, é um dos missionários que, atualmente, vive na tribo. “Eles são muito pequenos, tem uma média de 1,20 centímetros de altura. Eles caçavam com flechas envenenadas e redes, e se alimentavam de frutas das árvores ou raízes do solo”, revelou Kellerman.
A população da tribo vivia na floresta de Bwindi, no sudoeste de Uganda. “Na verdade, eles viviam na idade pré-histórica. Eles não tinham ferramentas de pedra. Portanto, há poucos registros dos Batwa”, contou o médico.
Sem oportunidades
Depois de séculos vivendo em cavernas e árvores, os Batwa se tornaram refugiados sem terra, sem comida, sem roupa ou abrigo. Isso ocorreu, a partir de 1992, quando o governo de Kampala, capital da Uganda, decidiu expulsar o grupo para preservar a floresta, que estava repleta de gorilas em extinção.
“As pessoas não davam a eles oportunidade para trabalhar, porque elas achavam que esses pigmeus eram como animais”, detalhou Tugume Gerald, que é pastor dos pigmeus batwa, ao lado da esposa Barbara.
O casal deixou a capital de Uganda. Mudou-se para a pequena aldeia de Kisoro, na borda da selva equatorial. No local, eles iniciaram um ministério entre os pigmeus. “Comecei a pregar a mensagem de esperança aos desabrigados”, salientou o pastor.
Chegada do Evangelho
O pastor Tugume Gerald relatou que muitos milagres aconteceram entre os Batwa. Segundo ele, pessoas diagnosticadas com aids ficaram saudáveis e uma criança foi ressuscitada.
“Eles trouxeram a menina praticamente morta e começaram a orar por ela. Oraram e oraram. Na verdade, eles oraram por cinco horas! Eu estava lá e não conseguia acreditar. A criança ficou saudável. Eu disse: ‘Glória a Deus!’”, relatou Barbara Gerald, que iniciou com o marido a primeira igreja na comunidade dos Batwa. “Chegam a vir até mil pigmeus para a igreja”, frisou o pastor Tugume.
Uma escola voltada para os pigmeus foi implantada pelos missionários. Muitos homens deixaram de ser caçadores. Assim, passaram a conseguir uma renda melhor como agricultores. As mulheres também aprenderam a desenvolver novas habilidades.
Estima-se que milhares de Batwa ainda não ouviram falar de Jesus, apesar do trabalho missionário. “Como Cristo fez por mim, acredito que Sua mensagem de salvação muda a vida de minha tribo”, testemunhou Nyirakayanje.
Com informações CBN News