Cristão denuncia decisão de tribunal que acata pronomes diferentes para trânsgeneros: “Estão nos coagindo a dizer o que os outros querem que digamos”

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Foto: reprodução

O escritor cristão Tanner Hnidey, escreveu uma coluna em seu site denunciando a decisão do Tribunal Canadense que concedeu a uma funcionária de restaurante o direito de exigir nos locais públicos o uso de pronomes diferentes dos utilizados pela sociedade em favor da ideologia de gênero. Tanner pontuou a decisão como uma “rejeição à verdade objetiva e uma restrição perturbadora à liberdade de expressão''.

“Uma coisa é a pessoa pensar que é de um gênero diferente do que realmente é. Isso é como alguém acreditar que é plural quando na realidade é singular, outra coisa é nos forçar a acreditar no que o outro acredita; coagindo-nos a dizer o que os outros querem que digamos. E isso é precisamente o que o Tribunal de Direitos Humanos decidiu”,disse.

Entenda

O Tribunal de Direitos Humanos da Colúmbia Britânica — província canadense — decidiu a favor de Jessie Nelson, uma mulher trans que trabalhava num restaurante italiano. Ela processou seu ex-empregador, Buono Osteria, por ter usado “pronomes incorretos”, na visão dela.

Jessie alegou ter sido discriminada quando seus ex-empregadores usavam intencionalmente os apelidos de gênero, como “querida”, por exemplo. A funcionária, porém, disse que não é binária (quem se identifica por masculino ou feminino), e sim, de “gênero fluído” (pessoa de identidade sexual variável).

O Tribunal canadense decidiu que o restaurante demitiu injustamente a funcionária e exigiu que a empresa usasse pronomes não binários com Jessie, além de conceder a ela uma indenização de 30 mil dólares.

Entenda o caso

De acordo com o Christian Post, Jessie foi demitida “porque estava sendo muito militante” na questão de ser identificada como não-binária. Ao procurar por justiça após a demissão, ela foi apoiada no tribunal por Devyn Cousineau, autor do parecer, que concluiu que “a recusa em usar os pronomes preferidos de Jessie equivalia à discriminação”.

Restrição à liberdade de expressão

O tribunal ordenou que Buono Osteria implementasse uma política formal de pronomes, bem como diversidade obrigatória e treinamento de inclusão para todos os gerentes e funcionários. O restaurante, em nome dos "infratores", deverá indenizar Jessie por danos morais, conforme a CBC News.

 

Por: Bruna Silva