Denúncias e confusões na Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Ponta Grossa, Paraná. Tanto que a Polícia Militar foi acionada na noite de sábado (19) para conter os ânimos dos fiéis mais exaltados.
Durante a semana vieram à tona denúncias envolvendo dirigentes da igreja local, com cunhos financeiros e sexuais, algumas acompanhadas de vídeos, outras de documentos supostamente comprobatórios.
Nos aplicativos de mensagens foi veiculado um áudio no qual uma suposta integrante da igreja faz acusações de cunho sexual ao presidente da igreja.
Nenhuma das tais denúncias passou por avaliação pericial, investigações policiais ou sentenças judiciais. O processo sucessório na direção da organização pode ter acirrado as divergências.
Ação judicial
Uma ação judicial, impetrada por Samuel Augusto Turek, membro da igreja, pediu que fosse expedida liminar suspendendo a assembleia geral marcada para este sábado (19). A pauta previa a definição sobre a presidência da igreja.
A magistrada, partindo dos fatos apresentados pelo impetrante, não viu motivos para impedir a realização da assembleia e indeferiu o pedido, pautada no estatuto da organização religiosa, conforme grafa a decisão.
O pedido de suspensão da assembleia foi negado pela juíza da 1ª Vara Cível de Ponta Grossa, Daniela Flávia Miranda, em despacho publicado na sexta-feira (18).
Protesto durante à tarde
Um grupo de evangélicos, contrários à atual direção, fez protesto na frente do templo na fria e chuvosa tarde deste sábado. A Assembleia de Deus fica perto do Shopping Palladium.
Um dos membros que estava presente no momento da confusão, Samuel Augusto Turek, pediu as autoridades que fosse expedida uma liminar suspendendo a Assembleia Geral que aconte no dia 19 de junho, que daria posse ao novo Pastor.
Nos últimos dias, o atual pastor presidente teria anunciado a renúncia alegando questões pessoais, mas depois teria voltado atrás.
A primeira chamada para a assembleia estava marcada para às 17 horas e não ocorreu. Na segunda seria às 19 horas, e também não foi realizada.
A Polícia Militar, que durante boa parte da tarde manteve uma viatura nas imediações, no início da noite teve que intervir para evitar complicações, pois o grupo poderia invadir a igreja.
Protesto do início da tarde foi pacífico, com algumas pessoas portando cartazes em cartolina./ Foto Fábio Matavelli
Nota da AD:
A nota é assinada pelo pastor presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Ponta Grossa, José Polini, e diz o seguinte:
“A IEAD em Ponta Grossa vem através dessa nota lamentar o ocorrido na noite de ontem (19/06/21) como veiculado através de jornais locais, dos quais noticiam que os membros foram impedidos de adentrar o templo Sede.
Informamos que a reunião Ministerial marcada para ocorrer às 17:00hrs, no dia de ontem, era exclusivamente para os membros que compõem o ministério da Igreja, sendo eles dirigentes de congregação, pastores e evangelistas credenciados à CIEADEP.
Para tanto, visando garantir a segurança do corpo de obreiros, bem como evitar aglomeração diante da calamidade pública decorrente da Covid-19, e ainda, respeitando os espaços limitados, conforme prevê a Legislação Municipal que determina ocupação máxima de 30% da capacidade do local, foi requisitado o fechamento dos portões afim de aferir a temperatura dos obreiros e garantir o uso de álcool em gel.
Todavia, após a reunião, seria realizado a Assembleia Geral Extraordinária, designada às 19:30hrs com chamada para os que já estavam presente e membros filiados, conforme pauta do edital previamente publicado.
Mais uma vez, lamentamos o ocorrido e prestamos solidariedade aos fiéis que se sentiram afligidos nesse momento tão delicado que a Igreja tem passado.
Rogamos orações em favor do Ministério da Igreja para que todas as decisões sejam conduzidas para o melhor desempenho da obra de Deus.
Com amor fraterno,
Ponta Grossa, 20 de Junho de 2021.
JOSÉ POLINI
Pastor Presidente da IEADPG”
Da redação