Não resta dúvida que essa não é uma questão sobre o que é certo ou errado, mas algumas ponderações devem ser feitas para se tomar essa decisão, afinal, a continuidade da igreja e do evangelho depende dessa transferência de saber de geração para geração.
A americana Tamera Kraft tem mais de 30 anos devotado ao ministério infantil através do “Revival Fire For Kids”. Para ampliar o entendimento sobre qual o lugar das crianças na igreja, ela listou 5 motivos importantes para que as crianças participem pelo menos do momento de louvor.
1. As crianças não são um incômodo
Segundo Tamera, este é um dos motivos pelos quais algumas igrejas removem as crianças dos cultos regulares. Eles querem um serviço religioso “profissional” onde os adultos possam desfrutar do culto sem serem interrompidos por crianças barulhentas.
2. As crianças fazem parte do corpo de Cristo
Em nenhum lugar a Bíblia diz que as crianças são um corpo separado, afirma a ministra Kraft. De acordo com ela, crianças são uma parte importante da igreja e, portanto, nem sempre devemos excluí-los quando os crentes se encontram.
3. As crianças precisam de exemplos piedosos de como adorar
Esse é um dos motivos mais plausíveis. Como sabemos, as crianças aprendem por imitação. Para Tamera, “se as crianças nunca virem os adultos no culto principal de adoração, elas não saberão como adorar ou o que se espera delas”. Ou seja, haveria uma ruptura na forma de se relacionar com Deus por meio do louvor.
4. As crianças precisam sentir que pertencem à comunidade da igreja
Frequentar uma salinha própria para crianças já garante, em certa medida, um grau de pertencimento. Entretanto, a líder do ministério Revival Fire For Kids, acredita que os pequenos precisam estar em contato com as pessoas no salão principal.
5. As crianças que não se sentem parte da igreja irão embora quando ficarem mais velhas
No quinto e último motivo, Tamera apresenta uma hipótese de distanciamento e inadequação cultural. De acordo com ela, se a criança cresce sem conhecer o culto principal, na idade de fazer a transferência ela poderá se sentir perdida.
“Imagine o choque cultural de uma criança que esteve na igreja durante toda a vida, mas nunca esteve no culto principal. Ela jogou na escola dominical, cantou canções e ouviu todas as mensagens ou histórias da Bíblia ilustradas e de repente, faz 10 ou 12 anos e então ela se forma na “grande” igreja. A música é estranha. Não há jogos, esquetes ou ilustrações presentes. Alguém que ela nunca conheceu prega por muito tempo. Ela não conhece ninguém sentado nos bancos ao seu redor. E não há doces ou prêmios, dificilmente ela se sentirá bem”, explica.
Por: Rhajjah Benites