O Exército Israelense anunciou na manhã desta terça-feira (20) que efetuou disparos contra o Líbano, em resposta a dois foguetes lançados em seu território. O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, disse que aqueles que tentarem prejudicar Israel pagarão “um preço doloroso”.
“Digo isto de forma nítida e clara — não permitiremos danos à soberania e segurança de Israel”, enfatizou. Um dos foguetes foi interceptado pelo sistema antimísseis Cúpula de Ferro, e outro caiu em um terreno baldio, conforme o Exército israelense.
Estacionada no sul do Líbano na fronteira com Israel, a Finul (Força Interina das Nações Unidas no país) pediu “mais moderação” dos envolvidos. “A Finul está em contato com as duas partes e pede que se evite uma escalada", afirmou a Força Interina em comunicado.
Ao lembrar que o Líbano está à beira do colapso, referindo-se ao severo caos econômico, político e social que o país está enfrentando, Bennett lamenta, mas deixa claro que isso não impedirá Israel de se defender.
“Isso é lamentável, mas não aceitaremos uma repercussão da situação do Líbano em Israel”, disse. O primeiro-ministro fez seus comentários durante uma cerimônia marcando a conexão da cidade de Ma'alot-Tarshiha com a rede de fibra ótica de Israel.
Não houve relatos de feridos ou danos, e o Exército disse não ter instruções especiais para os moradores da região. O ministro da Defesa, Benny Gantz, disse que o Líbano foi responsável pelo ataque noturno com foguetes porque o país “permite que terroristas operem em seu território”.
“Israel vai agir contra qualquer ameaça à sua soberania e aos seus cidadãos, e responderá de acordo com seus interesses, no momento e lugar relevantes”, disse Gantz. Ele também exortou a comunidade internacional a agir para restaurar a estabilidade no Líbano, em meio ao que o Banco Mundial diz ser uma das piores crises financeiras do mundo, desde a década de 1850.
Por: Rhajjah Benites