Após diversas categorias da sociedade serem consideradas essenciais para receber a dose preciosa da vacina contra o coronavírus, lider religioso de Campo Grande relata indignação por pastores não estarem na lista de prioridade de imunização.
“Trabalhadores da indústria, bancários, arquitetos, engenheiros e tantas outras categorias têm prioridade e quem está cuidando de gente é discriminado. Isso para mim é preconceito e desconsideração com quem está na linha de frente, exposto”, disse o Apóstolo Edmilson Oliveira, líder da IECG, Igreja Evangélica Comunidade Global e presidente do Conselho Municipal de Pastores da Capital.
O Lider afirmou que: “Impressionante a discriminação com os pastores que entram nas casas para orar com pessoas que estão sofrendo com essa praga chamada Covid19. Estou buscando com nossos deputados para verificar essa discriminação, não falo por mim, pois ja estou vacinado, mas é visível a falta de respeito e consideração”, ressalta.
Edmilson ainda destaca que mesmo os pastores não sendo valorizados no momento, a questão já foi levada aos representantes do legislativo.
“Para os deputados ímpios nós somos a escória do mundo, mas os nossos irmãos deputados têm que ser contundentes na defesa dos que estão na linha de frente cuidando do povo infectado, porque os pastores continuam morrendo”, destaca.
Urgência
Os deputados Herculano Borges (Solidariedade) e Lidio Lopes (PATRI) solicitaram urgência na tramitação do Projeto de Lei 128/2021 – que dispõe sobre a prioridade de imunização dos representantes religiosos no programa de vacinação contra a Covid-19, em Mato Grosso do Sul. Os parlamentares fizeram o pedido durante a sessão ordinária de terça-feira (13).
“Temos percebido que muitos líderes religiosos estão sendo acometidos de Covid, porque essas pessoas lidam diretamente com outras pessoas enfermas, entram nos hospitais, nas casas, e não se isentam de suas responsabilidades. Esse grupo precisa ter atenção diferenciada”, defendeu Borges. O parlamentar também ressaltou que as atividades de igrejas e templos religiosos foram consideradas essenciais e que, além das celebrações religiosas, os líderes têm a incumbência de atender às visitas e orações aos enfermos.
“As pessoas estão me cobrando. As igrejas já são atividades essenciais. O líder religioso é procurado e não tem como se eximir nesse momento de atendimento e acaba sendo afetado. Já perdemos vários líderes religiosos. Eles precisam ser atendidos”, explicou Lopes, autor do projeto de lei.
O projeto de lei deve ser votado nesta quinta-feira, 15.
Por: Bruna Silva
*Com informações da Alems