Evangélicos oram para que “Deus assuma o controle” enquanto os protestos de Cuba se espalham

Compartilhe:

Os protestos, amplamente divulgados nas redes sociais, começaram espontaneamente na madrugada de domingo (11). Essas manifestações contra o governo de Miguel Díaz Canel são muito raras em um país controlado pelo Partido Comunista. O presidente chamou seus apoiadores para irem às ruas e confrontar os manifestantes.

“Abaixo a ditadura”, “Vá embora” e “País e vida!” foram alguns dos cantos ouvidos por milhares de pessoas que tomaram as ruas nas cidades em toda a ilha. Também foram vistas imagens de grupos de pessoas quebrando vidros de empresas e roubando comida. Muitos em Cuba se queixam da difícil crise econômica e da falta de acesso aos alimentos.

Além disso, a reação insuficiente das autoridades à crise sanitária da Covid-19 e a saturação dos hospitais trouxe ainda mais sofrimento aos cubanos. Dentro e fora de Cuba, líderes evangélicos têm chamado a orar pela ilha. “Irmãos e irmãs, orem por Cuba, o povo está nas ruas pedindo liberdade, a situação é caótica e muito agitada”, disse Moisés de Prada, líder das Assembléias de Deus em Cuba.

“Tudo indica que isso vai ficar mais complicado. As pessoas estão nas ruas em todas as províncias agora, e há confrontos com a polícia de choque. Exorto você a orar para que Deus assuma o controle e evite um banho de sangue”, acrescentou.

O líder da denominação pentecostal em Cuba acrescenta que “os cubanos não aguentavam mais a repressão. A crise humanitária é profunda. Não há comida, há uma grave crise de saúde. Muitos estão morrendo, não há vacinas suficientes: são vendidas para a Venezuela e o Irã, enquanto os cubanos morrem sem serem vacinados. Os hospitais estão à beira do colapso e os médicos estão cansados. Os cubanos estão nas ruas de todo o país, acho isso irreversível. Ore por nós".

Os cristãos em Cuba denunciaram a falta de liberdade religiosa, campanhas de difamação e abusos dos direitos humanos por muitos anos. Jornalistas cristãos foram ameaçados, pastores evangélicos investigados, locais de culto fechados e indivíduos abusados. Apenas uma minoria de igrejas cristãs foi autorizada a operar com normalidade em Cuba, conforme denunciam organizações internacionais.

 

Por: Rhajjah Benites