O casal de brasileiros Kelsimon e Adriana Fiuza estão desde 2013 atuando como missionários na Tailândia, um país com menos de 0,1% de população cristã. Com maioria budista, dados apontam que existem cerca de apenas 6 mil igrejas cristãs na Tailândia.
Para avançar no ensino da Palavra de Deus, o casal missionário e a equipe precisaram ser criativos e estarem prontos para servir o povoado do extremo norte do país, conforme as necessidades de cada vila.
“Nós entendemos que o Senhor nos chamou para sermos Missionários entre os Povos Inalcançados — onde não existe cristão nenhum ou menos de 2% da população confessa o evangelho, e nosso sonho e oração é que cada vila em nossa região na Tailândia tenha uma Igreja que adoram a Jesus de todo seu coração e cumpram fielmente o chamado de Jesus para eles como Igreja”, relata Kelsimon Fiuza que já liderou e participou de trabalhos missionários em mais de 30 países.
Além das dificuldades de apresentar o evangelho para quem nunca ouviu falar de Cristo, Kelsimon, que além de missionário é formado em pedagogia, conta que o primeiro desafio foi aprender a língua local. “Países como Tailândia a língua é muito difícil, e existem dezenas de outras línguas além da oficial, e se o missionário não se dedicar e se doar por muitos anos não aprenderá o idioma e dificilmente conseguirá ser frutífero”.
“As dificuldades nos fazem depender muito de Deus, pois as estratégias tradicionais e os caminhos para se ensinar o Evangelho não funcionam aqui. E isso gera esta dependência de Deus em entendermos como precisamos nos portar e quais caminhos utilizar” acrescentou.
“Tentamos aproveitar todas as oportunidades que nos vem às mãos, e por isto temos várias iniciativas, como reuniões de louvor, oração, ensino de histórias Bíblicas, brincadeiras e, claro, um lanche para crianças e adolescentes. Quase 100% destas crianças nunca tinham ouvido nada sobre o Evangelho antes”, descreveu o casal, que fornecem atividades como futebol, aulas de inglês, música e pintura, além de cultos de louvor e adoração em diversas vilas na região.
Com a expansão do trabalho e com novos missionários chegando, o time dedicou anos para construir um centro social chamado “The Tree of Life” (ou Árvore da vida, em português). O missionário conta que também busca ajudar com bolsas de estudos anuais as famílias que não têm condições de matricular os filhos nas escolas. O centro social The Tree of Life é um braço a agência missionário Jovens Com Uma Missão (Jocum).
“O maior desafio é o recurso humano… pessoas. Estamos vivendo em um tempo onde quem se levantam para vir ao campo missionário querem apenas ter experiências, viver uma aventura com Deus, e acabam ficando pouco tempo e mudam de campo”, alertou Kelsimon. “Posso dizer que isto atrapalha o avanço do Reino de Deus entre os povos inalcançados, principalmente no interior de países Asiáticos e Africanos, pois são lugares mais difíceis para se viver, e os jovens missionários se cansam rápido do trabalho e vão embora”.
Tanto o centro comunitário The Tree of Life quanto a organização missionária Jocum recebem cristãos de qualquer denominação que queiram apoiar o trabalho na Tailândia. Através do site da organização também é possível contribuir financeiramente.
Por: Rhajjah Benites