Deputados pedem a criação de uma Polícia de Fronteira para o combate às drogas

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Na Semana de Enfrentamento ao Combate às Drogas, os deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul usaram seus momentos de fala para tratarem desse assunto bastante pertinente na sociedade.

O deputado Eduardo Rocha (MDB) pediu um empenho de todos no Estado pela sensibilização ao Governo Federal para a criação de uma Polícia de Fronteira.

“As drogas vêm assolando o mundo e o Mato Grosso do Sul de uma forma especial, porque faz fronteira com os dois maiores produtores que abastecem o país inteiro, que é o Paraguai e a Bolívia. Precisamos convencer a União de criar uma Polícia de Fronteira, especificamente, especializada, bem equipada, porque a droga que passa aqui abastece até outros países. Não é tirar outra polícia, é uma polícia a mais. Precisamos estancar essa entrada”, ressaltou.

O deputado Professor Rinaldo (PSDB) concordou. “O Sisfron, projeto federal que há muitos anos sonhamos, fica na metade. Só vamos dar a segurança que a nossa população é merecedora, no direito à vida e à segurança, na medida que tivermos as fronteiras protegidas. São mais de 1.700 quilômetros. Mais de 15 mil homens e mulheres que hoje estão aprisionados no estado, praticamente metade é envolvido com drogas, que é um crime federal. Precisamos do envolvimento federal, para que haja investimento. Se não fossem as instituições não-governamentais, como as religiosas, fui até em uma desses dias, vi um camarada que serviu comigo na Aeronáutica, arrebentado pelas drogas. Triste. Temos que trabalhar pela prevenção, porque as drogas têm destruído vidas e famílias”, ponderou.

Eduardo Rocha também defendeu a atuação de tais instituições. “Esses projetos dão dignidade para essas pessoas. Precisam de mais parcerias. Fiz uma doação de uma van para Peniel, via emenda parlamentar e foi proibido pelo Poder Público, porque fica sem saber se vai para Assistência Social ou Saúde. Eu entendo que drogas são problemas de Saúde Pública. Temos que ajudar mais essas instituições que muitos contribuem”, concordou.

Já Barbosinha, que atuou como secretário de Justiça e Segurança Pública, relembrou que o Governo do Estado já até entrou com ação contra a União para cobrar o ressarcimento ao Mato Grosso do Sul quanto aos presos do tráfico federal, que ocupam espaço em presídios estaduais.

“Temos que criar um estímulo ao policial que trabalha na fronteira. Quem trabalha lá está preparado para trabalhar em qualquer lugar, mas é preciso que a União auxilie o Estado. Somos penalizados pela eficiência. É o que mais prende, é o que mais apreende droga, isso gera uma acomodação até das Forças Armadas que participam no resguardo das fronteiras. É muito importante esse papel e a referência de Mato Grosso do Sul”, finalizou.

 

Por: Bruna Silva