Desde o início da pandemia do coronavírus, uma das maiores formas de lutar contra a disseminação da doença é a testagem em massa, para rastrear o contágio do vírus e tentar impedir que se espalhe rapidamente, em função de não superlotar os leitos hospitalares.
Com isso, vários pesquisadores tem trabalhado em inovações científicas para ajudar no combate contra o vírus, seja no desenvolvimento de vacinas, remédios ou testes. Até o momento, as formas mais conhecidas de detecção da doença são através de dois formatos de testagem: RT-PCR e sorológico.
O teste RT-PCR é um famoso “padrão de referência” de testagem, pois é o exame de detecta o vírus, através de coleta no nariz e garganta pela inserção de cotonetes, e é indicado apenas na primeira semana dos sintomas, para que não seja detectado um falso-negativo ou falso-positivo. Já o sorológico, é indicado apenas a partir da segunda semana dos sintomas, pois ele aponta os anticorpos produzidos pelo corpo, após a infecção, e são colhidos através de amostra de sangue.
Mas como a ciência está sempre buscando uma forma mais eficaz e inovadora de combater a pandemia, pesquisadores médicos do Pentágono têm trabalhado para desenvolver o que é, em essência, um microchip capaz de detectar uma infecção por Covid-19 quando inserido sob a pele. Embora possa soar como ficção científica, ou até mesmo uma teoria da conspiração, o desenvolvimento tecnológico é inteiramente verdadeiro.
O "implante subdérmico", como os cientistas o chamam, está agora na fase final da fase de testes e foi desenvolvido pela Defense Advanced Research Projects Agency, uma unidade ultrassecreta do Pentágono criada durante a Guerra Fria para estudar tecnologias emergentes para uso militar.
“É um sensor”, disse Coronel Dr. Matthew Hepburn, gerente de programa da DARPA. "Aquela coisa verde minúscula aí, você coloca debaixo da pele, e o que isso lhe diz é que há reações químicas acontecendo dentro do corpo e esse sinal significa que você terá sintomas amanhã." acrescentou.
O médico sugeriu que o implante é semelhante a uma “luz de verificação do motor” que, se totalmente implementada, seria potencialmente usada pelos militares para detectar um oficial infectado antes que ele pudesse infectar outros soldados. Assim que o microchip, do tipo gel, é inserido sob a pele, ele verifica continuamente o sangue do receptor quanto à presença de Covid-19.
“Os marinheiros obteriam o sinal [do microchip], então se auto-administrariam uma coleta de sangue e se testariam no local”, disse ele sobre como a nova tecnologia. Hepburn ainda disse que os resultados retornariam dentro de três a cinco minutos. “Conforme você diagnostica e trata, o que você faz é interromper a infecção em seu caminho”, concluiu.
Por: Rhajjah Benites
