Pastor Augustus Nicodemus afirma que fechar igrejas de forma arbitrária é uma violação à Constituição Brasileira e crítica igrejas que só pensam no dízimo

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A reabertura de templos e igrejas voltou a ser uma pauta de debate, inclusive no Supremo Tribunal Federal (STF), que teve ontem o julgamento suspenso para esta quinta-feira. Contrário a essa situação, o pastor Augustus Nicodemus Lopes, da Primeira Igreja Presbiteriana de Recife, se posicionou contra a atitude de fechamento e lembrou que o direito de culto é garantido pela Constituição.

“Quando a gente briga para manter igreja aberta dentro das regras sanitárias, é pelo direito de culto garantido pela Constituição”, destacou o pastor, quando foi questionado sobre o fechamento de templos.

Segundo o portal Guiame, o pastor e ex-chanceler da Universidade Mackenzie, de 66 anos, deu uma entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, que foi publicada na terça-feira (6). Nela, ele abordou sobre lockdown, dízimo, política e a Teologia da Prosperidade, considerada por ele um falso ensino.

“A única maneira de revogá-lo é o estado de sítio, e só o presidente pode declarar um, o Congresso tem que aprovar. Do jeito que está não está bom, é uma coisa que está saindo da cabeça de governadores e prefeitos. Fechar de forma arbitrária é a Constituição sendo violada. O que vem depois?”, questionou.

Dízimo

O pastor, que recentemente lançou, pela editora Mundo Cristão, o livro "O Que a Bíblia Fala Sobre Dinheiro", também abordou o tema do dízimo. Ele afirmou que, por conta dos excessos da Teologia da Prosperidade, a Igreja Presbiteriana acabou indo para o outro extremo, por causa do medo de falar sobre finanças o que “também é errado”, segundo ele.

“Não devemos fazer do dinheiro o deus da nossa vida. Jesus prega que a gente não viva ansioso com o que vai comer, beber, vestir. Deus cuida dos passarinhos, veste o lírio dos campos, não cai nenhum fio da nossa cabeça. Diz que os pagãos ficam ansiosos porque não têm um Pai. E é um alerta contra os mercadores da fé”, continuou.

 “A Bíblia nos ensina a confiar em Deus, não viver ansiosos, não fazer da prosperidade a meta maior da vida. Fica difícil colocar isso dentro da equação do coaching”, finaliza.

 

Por: Bruna Silva