Com as medidas restritivas cada vez mais severas e ordenadas pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), prefeitos de algumas cidades paulistas começam a sentir os impactos socioeconômicos de suas populações, fome e desemprego afetam a qualidade de vida delas nesses lugares. As informações são do Pleno.News.
O prefeito de Aparecida, Luís Carlos de Siqueira (PODEMOS) decidiu entrar com ação na Justiça contra o estado de emergência promulgado pela gestão estadual na tentativa de restabelecer a economia local. Segundo o prefeito, a economia local já ultrapassou 70% de população desempregada.
“Não suporto mais ver gente chorando e pedindo comida. A situação é muito complicada”, disse o prefeito em entrevista ao programa Opinião no Ar, da Rede TV, na terça-feira (16).
O gestor também falou sobre a situação da saúde pública da cidade e disse que, atualmente, dos 20 leitos hospitalares disponíveis na cidade, nenhum paciente usa respiradores. Segundo ele, a cidade precisa doar cestas básicas para famílias que estão passando fome.
“Fui para a Justiça, para que eu pudesse equilibrar o antagonismo que é a pandemia. Hoje eu não tenho nenhum paciente no respirador e eu tenho 20 leitos de respiradores aqui. Está difícil pra mim governar uma cidade que está subjugada, que está de joelhos, está suplicando uma ajuda do governo do estado e do governo federal. Ajuda para quê? Para matar a fome do nosso povo”, desabafa.
De acordo com as últimas medidas determinadas pelo governo de Doria, Aparecida, que guarda o Santuário Nacional da Padroeira do Brasil, não pode realizar missas ou aceitar peregrinos, o que prejudica ainda mais a economia local e os peregrinos locais.
“Nós precisamos de cestas básicas, porque recursos próprios eu não tenho. A cidade não paga nada. A nossa situação é essa. Estamos vivendo o pior momento de uma cidade que é depositária da fé e da esperança do povo. Os peregrinos vêm aqui para suplicar, aos pés da padroeira, [por] uma vida mais digna; [vêm] ou para pedir, ou para agradecer. Hoje nós não temos mais esses peregrinos aqui, infelizmente”, lamenta.
Por: Redação