Nos últimos dias, com o rápido aumento do número de Covid-19, o sistema de saúde do país está um caos. Isso também se refletiu no estado de Mato Grosso do Sul, onde o número de mortes causadas pela doença bateu um novo recorde.
Na abertura da transmissão ao vivo pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) nesta quarta-feira (17), o secretário de Saúde Geraldo Resende lamentou a má notícia. Segundo ele, isso ocorre principalmente porque hoje é o mais trágico de todos os meses em que o estado enfrentou a doença.
Com mais 1.447 novos casos, MS soma a triste marca de 632.502 casos notificados de Covid-19 e 3.709 mortes. Somente nas últimas 24 horas, 42 morreram de complicações da Covid-19.
Óbitos
Nas últimas 24 horas, as cinco cidades com maior número de novas infecções são as seguintes: Campo Grande continua com alto índice de contaminação, com 400 novos casos registrados. Depois, Três Lagoas +198; Dourados +98; Naviraí +84 e Corumbá +50.
As mortes ocorreram em 19 cidades. Na capital, 14 pessoas perderam a vida para o vírus. Corumbá, 4, Dourados e Naviraí perderam 3 pacientes, na Costa Rica, Novo Horizonte do Sul e Paranaíba, 2 pessoas morreram.
Os municípios que registraram uma perda foram Água Clara, Angélica, Aquidauana, Cassilândia, Chapadão do Sul, Itaquirai, Ladário, Maracaju, Ponta Porã, Rio Verde de Mato Grosso, Sidrolândia e Três Lagoas.
O secretário disse que em relação ao tamanho da população do estado, o número de mortes e contaminação é lamentável. Ele explicou: "Nas últimas semanas, colhemos o que plantamos, reuniões secretas, feriados, aglomeraçãoreuniões e ignorando os regulamentos de saúde que levaram à propagação do vírus."
Caso não haja diminuição na mobilidade nos próximos 14 dias, o quadro continuará se repetindo. “Precisamos reduzir a taxa de contaminação”, disse a secretaria-adjunta, Christine Maymone.
Colapso nos hospitais do País
Com a marca de 281.626 perdas humanas no País, registradas na terça-feira (16) e 11.594,204 casos de Covid-19, o sistema hospitalar da maioria das cidades brasileiras entrou em colapso. Não existem leitos nem nos grandes hospitais privados.
A doença, segundo Resende, é democrática e atinge pobres e ricos, idosos e jovens. Por isto é importante entender tecnicamente que estamos no pior momento da pandemia, explicou.
Daí a importância de seguir os protocolos e as novas restrições decretadas pelo Governo do Estado. “Nossa opção foi salvar vidas”, disse, chamando a atenção para as consequências de não obedecer às regras vigentes: “Daqui há 3 semanas pode ser que você vá bater na porta de um hospital e não encontrar leito”, ressaltou.
O secretário criticou as manifestações feitas na cidade contra as medidas sanitárias, justamente quando estamos vivendo a maior tragédia sanitária e hospitalar do Brasil que repercute no MS. “Essas pessoas são mensageiros da morte”, desabafou.
E fez um apelo: “Aqueles que gostam das suas vidas e que amam suas famílias, nos ajude a atender e respeitar as restrições. Elas foram feitas por cientistas renomados, por pessoas que sabem o que fazem”.
Com a nova variante em circulação o risco de contágio é imenso. Por isto o apelo das autoridades sanitárias precisa ser tratado com a maior seriedade. “Não queremos que aconteça aqui o mesmo que aconteceu no Amazonas”, disse o secretário.
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Com informações: Governo do Mato Grosso do Sul